Análise das teses e dissertações sobre a Teoria da Autodeterminação aplicada no ensino de Química.

Abstract

Pesquisas sobre a motivação no ambiente escolar, com foco na Teoria da Autodeterminação (TAD), têm sido desenvolvidas. A TAD, elaborada por Deci e Ryan, destaca a importância da motivação intrínseca, sugerindo que ambientes educacionais que promovem autonomia melhoram a motivação e a qualidade do aprendizado. Diante disso, o objetivo deste trabalho é investigar como a TAD vem sendo empregada em pesquisas na área de ensino de Química através de uma revisão bibliográfica entre os anos de 2014 e 2024. A pesquisa é qualitativa, exploratória. A coleta de dados foi realizada em bancos de teses e dissertações, utilizando descritores relacionados à TAD e ensino de Química. Foram criados quadros com as dissertações e teses para estruturar o corpus de análise do trabalho. De forma a analisar os dados, empregamos da Análise de Conteúdo proposta por Bardin (2016), seguindo três etapas, sendo elas: a pré-análise, exploração do material e, depois, o tratamento dos resultados, em que realizamos as categorizações e inferências. O corpus de análise contemplou 15 trabalhos que foram analisados detalhadamente sobre como é empregada a TAD para influenciar a motivação do ensino de Química. A pesquisa identificou pequenas oscilações nas publicações recentes sobre o tema e a ausência de estudos em 2024, evidenciando a necessidade de compreender como a motivação impacta o aprendizado. Os resultados mostraram que as pesquisas que empregaram da TAD para mensurar a motivação intrínseca, mostrou que os estudantes são motivados especialmente através de práticas pedagógicas que atendem às necessidades de autonomia, competência e pertencimento.