Educação e autismo : uma jornada pessoal e familiar de descobertas.

Abstract

Tatiana Rachel Lourenço Caetano Gomes, nascida em 1979 em Ponte Nova, Minas Gerais, cresceu no bairro Santo Antônio de Palmeiras e completou sua educação em escolas estaduais. Após enfrentar desafios pessoais significativos em 2006, incluindo a perda de entes queridos e o término de um noivado, ela decidiu buscar educação superior e se matriculou na Universidade Presidente Antônio Carlos. Após superar mais adversidades, incluindo a perda de seu pai e danos causados por uma enchente, ela encontrou estabilidade pessoal, casando-se e iniciando uma família. Apesar do desemprego temporário, Tatiana conseguiu uma oportunidade de ensinar, reafirmando sua paixão pela educação. Atualmente, embora não esteja lecionando, ela permanece comprometida com sua carreira educacional e está cursando pós-graduação. Esta pesquisa adota uma metodologia qualitativa para investigar as interações entre escolas e alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), bem como o envolvimento familiar. Utilizando um estudo de caso de um aluno com TEA em uma escola municipal de Minas Gerais, explora-se aspectos pessoais, educacionais e emocionais dessa condição. A análise concentra-se nas implicações sociais, educacionais e familiares do TEA, utilizando experiências individuais para ilustrar desafios e necessidades mais amplos relacionados ao transtorno. Este estudo conclui que lidar com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) envolve desafios complexos no contexto familiar, educacional e social, como ilustrado pela experiência de Tiago e sua família. A importância do diagnóstico precoce e do acesso a tratamentos adequados é enfatizada, assim como a necessidade de políticas públicas mais inclusivas. O papel do ambiente educacional é crucial no desenvolvimento de crianças e jovens com TEA, destacando a necessidade de adaptação do sistema educacional. Além disso, a experiência emocional da família ressalta a importância do suporte psicológico. A história de Tiago sublinha a necessidade de uma sociedade mais informada e inclusiva, contribuindo para uma compreensão mais ampla do TEA.