Associação entre sintomas persistentes pós COVID-19 e mudanças dos hábitos alimentares em crianças e adolescentes.

Abstract

Introdução: A pandemia de COVID-19, surgiu como um dos desafios mais significativos e globais do século XXI. Entre as grandes questões que surgiram com a disseminação do SARS-Cov-2 está a necessidade de compreender qual a participação e comprometimento da população pediátrica. Objetivo: Avaliar a associação entre sintomas persistentes pós COVID-19 e mudanças dos hábitos alimentares em crianças e adolescentes. Metodologia: Este foi um estudo de delineamento transversal, realizado por meio da aplicação de um questionário eletrônico via Google Forms, compartilhado através das redes sociais, direcionado aos pais ou responsáveis por crianças e adolescentes de ambos os gêneros, que tiveram diagnóstico confirmado de COVID-19. O teste de Qui-quadrado foi aplicado nas variáveis categóricas dos sintomas persistentes de COVID-19 e mudanças do consumo alimentar. Assumiu-se com nível de significância estatística o valor p ≤ 0,05. Resultados: A amostra analisada foi predominantemente do sexo masculino, de faixa etária entre 0 a 10 anos, com os seguintes sintomas persistentes pós COVID-19: tosse, dificuldade de respirar, fadiga, cansaço, perda de peso, queda de cabelo, dificuldade de sentir cheiro e sabor. Houve associação entre os sintomas persistentes de COVID-19 e alterações do consumo de frutas (p = 0.032) e o consumo de legumes (p = 0.032). Conclusão: O estudo revelou que os sintomas persistentes de COVID-19, como fadiga, perda de olfato e alterações de paladar, estão significativamente associados a mudanças nos hábitos alimentares do consumo de frutas e legumes.