O impacto do comprimento do furo de gusa nos parâmetros operacionais do alto-forno.

Abstract

O aço é um dos materiais mais versáteis e utilizados no mundo, tendo duas formas de ser produzido, através do forno básico a oxigênio, responsável por 78% de todo aço produzido no Brasil, e também por meio de forno elétrico a arco. Para a produção do aço pelo forno básico a oxigênio é utilizada como matéria-prima ferrosa, sucata e ferro-gusa. O ferro-gusa é produzido no alto-forno, reator metalúrgico que trabalha em contracorrente, sendo que o combustível e a carga metálica se dirigem em sentido descendente, e os gases em sentido ascendente, reduzem os óxidos de ferro a ferro metálico. O gusa e a escória ficam depositados no cadinho, parte do alto-forno, e deve ser drenado constantemente através de um furo, chamado furo de gusa; após ser drenado o cadinho deve ser tamponado com uma massa que deve suportar grandes temperaturas e pressões, além de ser sinterizada de forma rápida. Essa massa ajuda a proteger as paredes refratárias do cadinho, porém caso sejam muito grandes ou menores do que o ideal pode comprometer a produtividade e a estabilidade do reator. O presente trabalho visa estudar através de ferramentas de análise de dados os impactos do comprimento do furo de gusa nos parâmetros operacionais de um alto-forno de grande porte e propor um novo padrão de obturação dos furos de gusa que proporcione maior comprimento de furo e menor variação com comprimento.