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http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/3776
Title: | À cabeceira do estado jaz o crânio de um parente morto : as instituições policiais e a política da morte do Estado brasileiro. |
Authors: | SILVA, Cledson Antunes da |
metadata.dc.contributor.advisor: | Costa, André de Abreu |
metadata.dc.contributor.referee: | Costa, André de Abreu Pereira Júnior, Edvaldo Costa Lanza, Karina Ferreira |
Keywords: | Racismo Necropolítica Biopolítica Criminologia crítica |
Issue Date: | 2022 |
Citation: | SILVA, Cledson Antunes da. À cabeceira do estado jaz o crânio de um parente morto : as instituições policiais e a política da morte do Estado brasileiro. 2022. 90 f. Monografia (Graduação em Direito) - Escola de Direito, Turismo e Museologia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2022. |
Abstract: | A atribuição do status de ‘inimigo’ à população negra foi o elemento essencial que viabilizou os processos de criação e evolução do sistema penal brasileiro. Em consequência, o racismo se apresenta como um componente fundamental que integra a base genética e que condiciona/orienta toda a lógica de atuação do aparelho repressivo do Estado brasileiro. Nesse sentido, as diversas evoluções histórico-jurídicas ocorridas nos cenários nacional e internacional não foram capazes de produzir a ruptura com o padrão de criminalização e perseguição raciais. Agora, sob a falácia da Guerra às Drogas, mantém-se viva a imagem do inimigo que deve ser combatido, conferindo legitimidade ao extermínio exercido sobre os negros brasileiros. Dessarte, o presente trabalho argumenta que existe uma política da morte (necropolítica) sendo perpetrada pelo Estado brasileiro através de suas instituições policiais e que o signo “raça” funciona como o critério de hierarquização de corpos que possibilita a distribuição desigual da morte. Assim, buscou-se investigar, por meio da análise crítica das operações da Polícia Militar de São Paulo na favela de Paraisópolis e da Polícia Civil do Rio de Janeiro na favela do Jacarezinho, a existência do fenômeno e a forma com que ele se manifesta. Para tanto, utilizou-se dos métodos jurídico-sociológico e de estudo de caso com o intuito de desmistificar a suposta ordem social do consenso e expor os conflitos raciais existentes no seio das instituições policiais — que demonstram um interesse preferencial pelo controle e pela eliminação da população negra e de suas formas de reprodução da vida material. |
metadata.dc.description.abstracten: | The status attributed as “enemy” to the black population was an essential element que made possible the processes of creation and evolution of the Brazilian penal system. As a result, racism was presented as a fundamental component that integrates the genetic base and that limits/guides the entire logic of the Brazilian State's repressive apparatus. In this sense, the historical evolution of the law that took place in the national and international scenarios were not capable of producing a break with the pattern of racial criminalization and persecution. Under the fallacy of the War on Drugs, the idea that the enemy must be fought remains alive, ensuring legitimacy to the extermination on black Brazilians. Thus, the present study argues that there are politics of life and death (necropolitics) being perpetrated by the Brazilian State through its police agencies and that “race” works as a measurement for the hierarchy of bodies which allows for the unequal distribution of death. Therefore, it was investigated, through a critical analysis of the operations of the Military Police of São Paulo in Paraisópolis slum and the Civil Police of Rio de Janeiro in Jacarezinho slum, the existence of the phenomenon and the way it manifests itself. For that, it was used legal-sociological and case study methods in order to demystify the supposed social order of consensus and exposing the racial conflicts that exist within police agencies — which demonstrate a particular interest in controlling and eliminating the black population and its forms of reproduction of material life. |
URI: | http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/3776 |
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