Utilização de resíduo de milho na fabricação de coque.

Abstract

As crescentes preocupações com as emissões de CO2, tanto de processos industriais quanto de geração de energia, têm impulsionado uma notável tendência de redução. Essa queda não apenas reflete um compromisso genuíno com a descarbonização, mas também uma dedicação à otimização dos processos industriais. A transição de combustíveis ricos em carbono para fontes mais limpas é crucial para a descarbonização industrial e enfrentar pressões globais sobre as emissões totais de CO2 associadas à fabricação. De acordo com relatórios da MACKINSEY & COMPANY (2020), a falta de adaptação dos métodos de produção pode resultar em uma desvalorização de até 14% no valor de mercado dessas empresas. Nesse contexto, a incorporação do resíduo de milho na mistura de carvão surge como uma estratégia promissora para reduzir as emissões de CO2 nas siderúrgicas. Isso ocorre porque, durante o crescimento do milho, há absorção de CO2 atmosférico, tornando o resíduo de milho uma solução eficaz para mitigar as mudanças climáticas. A eficácia da pirólise, evidenciada pela redução significativa na matéria volátil e umidade do resíduo de milho, é crucial na busca por alternativas mais sustentáveis. Essa transformação não apenas reduz as emissões de CO2, mas também resulta em um material pirolisado com maior concentração de carbono fixo. Contudo, ao considerar a aplicação desse resíduo de milho pirolisado na mistura de coque, é essencial manter um equilíbrio, pois proporções acima de 2% podem comprometer a qualidade do coque. A utilização eficaz desse material requer uma abordagem cuidadosa para obter benefícios ambientais sem comprometer a integridade do produto. Esse exemplo destaca como a inovação sustentável pode ser alcançada equilibrando eficácia operacional com responsabilidade ambiental.