Revisão dos efeitos terapêuticos e adversos da utilização das diferentes espécies de boldo

Abstract

A utilização de plantas medicinais vem sendo utilizada há décadas pela humanidade fazendo parte da cultura popular. O (Peumus boldus) conhecido como boldo é uma planta popularmente conhecida por suas propriedades medicinais, especialmente em relação ao sistema digestório. No entanto, como qualquer produto destinado a fins medicamentosos, o seu uso indiscriminado pode gerar riscos à saúde. Esta utilização geralmente é feita sem prescrição médica e sem acompanhamento do farmacêutico, o que leva à administração incorreta e, consequentemente, a sérios riscos à saúde do paciente, podendo causar toxicidade hepática e interações medicamentosas. A metodologia deste estudo investigou os efeitos adversos causados pelas diferentes espécies de boldo utilizadas no Brasil, com base em uma revisão de artigos científicos publicados entre 2008 e 2024. O objetivo deste estudo é analisar os riscos do uso indiscriminado do boldo através do levantamento de dados bibliográficos. Os resultados desta pesquisa demonstraram que o uso de plantas medicinais no Brasil é amplamente adotado, com destaque entre as mulheres, especialmente em relação ao boldo, que é utilizado para tratar problemas gastrointestinais. Contudo, essa prática muitas vezes ocorre sem a orientação adequada de profissionais de saúde, o que expõe os usuários a riscos como intoxicação e danos hepáticos, principalmente devido à confusão entre diferentes espécies de boldo. A análise dos recursos financeiros destinados à fitoterapia no SUS também revelou que as regiões mais populosas, como o Sudeste, receberam maior volume de investimentos. Entretanto, a cobertura das Farmácias Vivas permanece limitada, não atendendo plenamente à demanda da população. A análise deste estudo destacou os benefícios terapêuticos do boldo no tratamento de distúrbios gastrointestinais e hepáticos, mas também evidenciou os riscos associados ao seu uso indiscriminado, como hepatotoxicidade e efeitos abortivos. A orientação farmacêutica é essencial para garantir a segurança no uso de plantas medicinais e evitar intoxicações. Políticas públicas como o programa Farmácia Viva são fundamentais para integrar o conhecimento popular com a ciência, promovendo o uso seguro dessas plantas. No entanto, a desigualdade no acesso à saúde e a falta de dados atualizados sobre intoxicações ainda representam desafios importantes.