Fundamentos ontológicos e a peculiaridade da categoria da evocação nas formas abstratas do reflexo estético da realidade.

Abstract

O presente trabalho coaduna-se como fruto das atividades de pesquisa e extensão realizadas pela aluna na graduação do curso de Serviço Social pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Partindo de um estudo bibliográfico, toma-se por referência capital a obra A peculiaridade do Estético de György Lukács e busca-se nela, a aproximação aos fundamentos ontológicos e a peculiaridade da categoria da evocação, uma das finalidade últimas da arte, nas chamadas formas abstratas do reflexo estético da realidade, tidas pelo autor, como uma das principais fontes germinativas e constitutivas da objetivação artística. O primeiro movimento deu-se em torno de evidenciar as categorias estéticas elencadas como objetos, no acervo das conquistas objetivas e subjetivas da atividade especificamente humana do ser social e do seu processo de humanização. Por conseguinte e em sentido específico, foi realizada a busca dos fundamentos ontológicos e a peculiaridade da evocação nas formas abstratas do reflexo estético propriamente ditas, ritmo, simetria e proporção. O segundo momento foi dedicado a analisar a articulação destas no complexo da ornamentística e as bases peculiares de seu poder evocativo. Em ambos os casos, o fenômeno evocativo, em sua gênese e peculiaridade, aparece imbricado ao caráter formal, ordenador e homogeneizador dessas categorias e da deslumbrante eficácia visual que seu domínio prático-ideal efetiva, tanto nos produtos do trabalho humano como nas conformações artísticas da ornamentística. Por essa via, a produção deste estudo propõe favorecer a compreensão do complexo ou estrutura categorial própria da esfera da arte, desenvolvida por Lukács na obra supracitada. Assim como, descortiná-la e pô-la em evidência e relação com o âmbito do acervo cultural crítico desenvolvido pelo Serviço Social nas ciências humanas e no plano mais geral da filosofia e da teoria da arte contemporâneas.