Um furacão chamado Hilda : de que maneira a prostituição está inserida dentro da minissérie Hilda Furacão?

Abstract

A prostituição não é um fenômeno social fixo, mas sim uma prática de múltiplas noções, entendimentos e formatos que se alteram ao longo do tempo. Em vista disso, esta pesquisa busca, através dos estudos sobre as temáticas de gênero, sexualidade e prostituição, analisar, por meio da seleção de cinco cenas, a visão acerca da prostituição que está presente dentro da minissérie Hilda Furacão, transmitida pela Rede Globo em 1998. Para que isso se tornasse possível, utilizamos dos estudos de Douglas Kellner (2001). O autor considera que em uma cultura dominada pela mídia, os meios de comunicação se tornam uma poderosa ferramenta de pedagogia cultural. A partir disso, foi proposto o desenvolvimento de uma Análise Crítica Cultural da Mídia, com a aplicação de um protocolo analítico que prevê a descrição detalhada das cenas selecionadas para análise (Kolinski Machado, 2022). Com o exercício de análise, pudemos concluir que Hilda Furacão leva os telespectadores a terem uma visão da prostituição estereotipada. Mesmo não caindo no estereótipo do “mal da sociedade”, a trama deixa evidente que o lugar da protagonista não é na “zona”, estando lá apenas para cumprir uma promessa.