Comparação entre diferentes métodos, cálculos e correções de “Work Index” para moinho de bolas (BWI) para minérios com elevada quantidade de finos.

Abstract

O alto custo de implantação e operação de circuitos de cominuição em plantas de tratamento de minérios envolvendo as etapas de cominuição faz com que o seu projeto, desde a escala de laboratório, seja de grande importância. Minérios contendo elevada concentração de finos, cada vez mais comum nas lavras de minério de ferro, geram resultados controversos nas metodologias atuais de determinação do Índice de Trabalho, parâmetro inicial dos projetos destes circuitos. Este trabalho visa, portanto, investigar três metodologias para determinação do Índice de Trabalho de Bond para moinhos de bolas, a saber: (i) início do teste com 0 revoluções, seguido por 50 revoluções; (ii) metodologia proposta pela METSO (início do teste com 5 revoluções); e (iii) utilizando a amostra escalpada na malha teste (início do teste com 100 revoluções). Os testes foram realizados em triplicata utilizando a mesma amostra de minério de ferro proveniente da alimentação de uma planta de tratamento de minérios localizada no município de Mariana/MG. O Índice de Trabalho foi calculado segundo as fórmulas convencional e alternativa proposta por Bond. Foi estudada a sua correção segundo três metodologias propostas na literatura e estes valores comparados com o WI operacional corrigido desta usina. Os testes iniciando o teste com 5 revoluções com o WI calculado através da fórmula a alternativa de Bond obtiveram valores iguais ao valor operacional, sendo esta metodologia a ser utilizada para este tipo de minérios.