Caracterização geológica-geotécnica de um maciço rochoso na BR356, distrito de Amarantina MG.

Abstract

As classificações de maciços rochosos desempenham papel importante na geomecânica fornecendo parâmetros de resistência do maciço necessários para as análises de estabilidade. O principal objetivo desse trabalho é a aplicação das metodologias de classificação de maciços rochosos, RMR, Sistema Q e GSI para um talude localizado na BR-356 em Amarantina, distrito do município de Ouro Preto. Na busca de concluir com êxito esse objetivo, foram realizados trabalhos de campo, com o intuito caracterizar a rocha intacta, descontinuidades e o maciço rochoso. Com uma análise de campo associada a buscas na literatura sobre a geologia local, determinou se que a rocha é um gnaisse pertencente ao Complexo Bação, que se atribui ao complexo como gnaisse funil. A resistência a compressão uniaxial da rocha intacta, foi determinada com o auxílio do martelo de geólogo. O talude estudado foi subdividido em dois setores, a setorização foi aplicada devido ao padrão de fraturamento do maciço. No cálculo do RQD, o setor 1 apresentou 71,57% e o setor 2 apresentou 95,83%, sendo classificados como “razoável” e “excelente”, respectivamente. A análise pelo RMR por sua vez classificou o setor 1 como, “boa”, com valor de 67, já o setor 2 como “Muito boa”, com o valor de 81. Para o sistema Q o setor 1 teve um valor de 35,79, sendo classificado como “bom”; já o setor 2 obteve um valor de 47,92, classificado como “Muito bom”. Finalmente o GSI, classificou o setor 1 como “muito fraturada”, com um valor de 55, já o setor 2 como “fraturada”, com um valor de 65. Durante a atividade de campo foram determinadas duas famílias de descontinuidades. A análise apresentou o modo de ruptura em cunha e tombamento de blocos como os mais críticos. Por fim, vale ressaltar que a utilização de métodos empíricos deve ser sempre feita de modo criterioso e cauteloso quanto as incertezas, a fim de reduzir possíveis erros que não refletem a real condição do maciço.