Escalonamento de diâmetro de bolas de reposição em moinhos via simulação.

Abstract

Este trabalho foi elaborado com o objetivo de estimar os parâmetros de quebra de um material, em escala de laboratório a fim de usá-los para modelagem matemática e simulação de um moinho de bolas em escala industrial. A metodologia utilizada consistiu em utilizar uma amostra de minério de ferro advinda do circuito de moagem industrial da mina de Germano da empresa Samarco, e moê-la em diferentes tempos, 0,5, 1, 2, 4 e 8 minutos em um moinho padronizado em escala de laboratório sob as mesmas condições do moinho industrial, exceto o diâmetros das bolas, realizar a análise granulométrica ao final de cada ensaio de moagem tanto quanto do material utilizado na alimentação e inserir essas informações em um software, da empresa Moly Cop, que estima os parâmetros das funções seleção e quebra. Esse software calcula estes parâmetros ajustando uma curva simulada à curva experimental, retornando como resultados os valores dos parâmetros dessas duas funções. A fim de facilitar os ensaios laboratoriais de moagem, apenas o último dos 5 ensaios no tempo de 8 minutos foi efetuado com a porcentagem de sólidos do circuito industrial, sendo que os demais foram realizados à seco, alterando assim apenas o valor do parâmetro α0, que foi cerca de 2,4 vezes maior que os demais, sendo que este depende diretamente da velocidade de fragmentação do material. Todos os ensaios de bancada foram realizados utilizando-se bolas de 25,4mm, para simulação do circuito industrial que operava com uma bola de reposição de 63 mm, foi utilizado o fator de escalonamento C2 proposto por Austin (Austin, 1984). Ao final foi feita a simulação do circuito industrial e comparado com o balanço de massas no momento da amostragem e pode-se concluir que a metodologia se mostrou adequada e satisfatória, tendo em vista que as curvas simuladas pelo software tiveram uma aderência muito boa com as curvas experimentais e com o balanço de massas do circuito industrial.