Acessibilidade arquitetônica em edifícios tombados em sítios históricos preservados : o caso da Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto.

Abstract

Este estudo de caso trata da questão da inclusão arquitetônica aplicada a casos em que os sítios são históricos e de importância de preservação, como ocorre na cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais, e em outras sob a supervisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artísticos Nacional – IPHAN. Seu objetivo é identificar barreiras arquitetônicas no objeto de estudo e apresentar abordagens para supera-las, aceitando, dessa forma, as indicações da Constituição Brasileira que obriga a preservação de espaços onde a memória histórica e cultural é muito relevante, mas também aponta o dever de dar acesso a todas as pessoas, sem nenhuma exceção, a bens culturais. Dessa forma, a pesquisa exploratório-descritiva com face qualitativa vai analisar a inclusão social considerando o tema acessibilidade arquitetônica no contexto das cidades históricas. O objeto a ser analisado é o antigo prédio da Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto, situado no centro histórico da cidade de Ouro Preto (MG) e que abriga importante conjunto de museus, um observatório astronômico e uma biblioteca de obras raras. Para coleta de dados, recorreu-se à pesquisa bibliográfica e documental, bem como a visita e ensaio fotográfico do prédio para avaliar seus principais acessos e possíveis barreiras arquitetônicas para pessoas sem mobilidade/com mobilidade reduzida, verificando-se ainda se havia a necessidade de manutenção predial que permitisse a acessibilidade. Concluiu-se, com base nos dados obtidos, que a construção em análise é absolutamente não inclusiva do ponto de vista arquitetônico e que necessita de urgente manutenção predial, sendo necessários projetos que possam permitir a acessibilidade sem intervir negativamente na sua forma arquitetônica e no seu valor cultural.