Revisão narrativa da eficácia dos anti-VEGFs no tratamento da retinopatia diabética.

Abstract

A retinopatia diabética (RD) que pode evoluir para edema macular diabético (EMD) é uma das principais causas de perda de acuidade visual e perda de visão permanente que acomete população diabética em idade ativa. O objetivo desta revisão foi reunir a literatura existente sobre os representantes terapêuticos fator de anti-crescimento endotelial vascular (anti-VEGF) aprovados no Brasil para o tratamento de RD e EMD. Foi realizada uma revisão abrangente da literatura na base de dados PubMed, selecionando ensaios clínicos realizados nos últimos 5 anos. Foram recuperados 17 estudos. Em todos os artigos verificou-se que os agentes anti VEGFs melhoram significativamente a acuidade visual e reduzem a espessura da retina em pacientes com retinopatia diabética proliferativa (RDP) e EMD em um acompanhamento de longo prazo e são considerados o padrão ouro de tratamento nesses pacientes. Em relação à RD, os agentes anti-VEGF intravítreos forneceram melhoras na gravidade da RDP com o ganho de acuidade visual, observado na fotografia colorida do fundo de olho em cerca de 30 a 35% dos pacientes com RDP. Na presente análise, no entanto deve ser levando em consideração também o custo-efetividade para que se possa escolher uma melhor linha de tratamento pois são tratamentos de alto custo. Concluímos então que não há um consenso sobre o uso de agentes intravítreos anti-VEGFs em pacientes com RDP e edema macular diabético (EDM), pois depende da progressão da doença, gravidade do quadro em que o paciente se encontra na escala de retinopatia diabética e a fisiologia do paciente. Embora os agentes anti-VEGF sejam o padrão-ouro no tratamento do EDM e RDP e demonstrem melhorar a gravidade da RD, existem desafios em seu uso que devem ser levados em consideração na decisão do tratamento, com base em uma abordagem individualizada. Palavras-chave: Diabetes Mellitus, Retinopatia Diabética Proliferativa, Anti-VEGF, ranibizumabe; aflibercept, bevacizumabe.