Utilização dos blísteres como embalagem primária em medicamentos industrializados.

Abstract

O blíster é um tipo de embalagem primária utilizada para acondicionar medicamentos, principalmente comprimidos, sendo amplamente utilizado em todo o mundo. No Brasil, atualmente é a embalagem primária mais empregada na indústria farmacêutica. Este trabalho visa realizar uma revisão narrativa de literatura sobre a utilização dos blísteres como material de acondicionamento primário de medicamentos produzidos industrialmente como formas farmacêuticas sólidas. Foram incluídos nesta revisão tópicos como história do desenvolvimento, diferentes materiais usados nas composições dos blísteres, desvios de qualidade, descarte e reutilização dos blísteres. Uma análise comparativa das embalagens primárias utilizadas nos comprimidos de captopril e metformina com registro ativo no Brasil foi realizada como um exemplo prático da aplicação destes materiais de embalagem. Para isso, elaborou-se esta revisão narrativa, a partir de pesquisas em bancos de dados, buscando trabalhos científicos nas seguintes plataformas: Science Direct e Google Acadêmico. Os descritores de busca usados no Science Direct foram “blíster + package”, limitando a pesquisa somente aos artigos de revisão “Review articles”, em língua inglesa. No Google Acadêmico, buscou-se a combinação das palavras “blíster + embalagem + primária”, selecionando trabalhos em língua inglesa e portuguesa. Foram utilizados onze artigos científicos, um livro, sete páginas eletrônicas e onze trabalhos de conclusão de curso de pós-graduação. A partir das pesquisas realizadas, constatou-se que os blísteres constituídos de PVC ou PVDC em alumínio são amplamente utilizados como embalagem primária de comprimidos. O PVDC é um material que proporciona maior resistência e estabilidade para o medicamento acondicionado e reduz a permeabilidade ao oxigênio e a umidade comparado ao PVC, entretanto, o blíster de PVDC apresenta maior custo que o PVC. A seleção da embalagem contribui para assegurar a estabilidade do medicamento a longo prazo, auxiliando por exemplo na redução da formação de produtos de degradação.