A proteção do consumidor e a virtualização do consumo na pandemia.

Abstract

O presente estudo tem como tema a virtualização do consumo e o impacto da persuasão digital como amplificador da vulnerabilidade comportamental do consumidor na pandemia. Para sua realização, recorreu-se de uma perspectiva interdisciplinar de pesquisa teórica com cunho qualitativo; método aplicado a fim de possibilitar a compreensão sociológica para desenvolver reflexões críticas acerca dos desafios ocasionados pela transformação do mercado consumidor frente à sociedade hiperinformatizada contemporânea. Com o objetivo de melhor pontuar os aspectos problematizados, o teor do estudo se encontra dividido em 3 (três) momentos. O primeiro trata-se da sociedade de consumo, onde foi feita uma evolução histórica que também abarca enfoques sociais e econômicos, os relacionando diretamente com o emprego da tecnologia no cotidiano e, principalmente, com insubstituível uso da internet. O segundo momento, explora a origem e os impactos de estar na situação de vulnerabilidade diante de uma relação de consumo, de forma que o Código de Defesa do Direito ao Consumidor, foi desenvolvido justamente para resguardar os consumidores de prejuízos causados pelo fato de existir uma desvantagem desses frente aos fornecedores. Já o terceiro momento, foca na exposição exacerbada dos indivíduos na internet, principalmente nas redes sociais, que atua como principal alvo da publicidade direcionada. Nesse viés, o advento da pandemia causada pela COVID-19, intensificou esse processo de imersão cibernética, uma vez que o isolamento social impôs o recolhimento da população em casa. Ao longo do capítulo, é explorada evolução do marketing tradicional para o marketing digital, o que evidenciou alguns efeitos decorridos da transformação da comunicação virtual, como a coleta e tratamento de dados pessoais. Assim, a Lei Geral de Proteção de Dados (Lei 13.709/18), foi promulgada com o objetivo de defender os direitos de privacidade por meio da proteção de dados pessoais dos indivíduos. Analisou-se, no presente estudo, que o desafio de vencer a vulnerabilidade do consumidor subsiste, mas agora possui caráter predominantemente virtual.