Uso de retinoides no tratamento da acne vulgar.

Abstract

A estimativa da população que sofre com algum tipo de acne durante a vida é alta. Apesar de afetar predominantemente adolescentes, a acne não é uma doença exclusiva desta faixa etária. Enquanto patologia, a acne é classificada quanto à gravidade, podendo ser de grau I, com presença de comedões sem lesão inflamatória; grau II, comedões, pápulas e pústulas; grau III, comedões, pústulas e cistos; e grau IV, comedões, pústulas e lesões císticas maiores que podem se interconectar pela pele. Existem inúmeras opções terapêuticas desde os esfoliantes, antibióticos tópicos e sistêmicos até a isotretinoína sistêmica. Os retinoides como terapia praticada na dermatologia carecem de respaldo em estudos de melhor nível de evidência científica. O retinol é um ativo que promove inúmeros benefícios a epiderme entre eles o da renovação celular. Os retinoides remetem ao grupo de substâncias naturais ou sintéticas derivadas da vitamina A. Esta vitamina pode ser encontrada sob a forma de retinaldeído, ácido retinoico, que é também conhecido como tretinoína. O adapaleno, é uma das moléculas que possuem propriedades biológicas similares ao ácido retinoico porém, não apresenta a estrutura de vitamina A. Uma vez que essa classe de medicamentos pode provocar inúmeros efeitos colaterais e reações adversas, a advertência quanto ao uso, e a orientação adequada do prescritor e dispensador para o paciente é imprescindível. É necessário que o prescritor faça uma anamnese completa do paciente, alertando quanto ao uso correto dos retinoides e suas reações. É importante também, uma entrevista farmacoterapêutica de modo que os dados coletados devem ser utilizados para atividade de orientação e promovendo o acompanhamento do paciente relacionado aos efeitos adversos, interações medicamentosas e contraindicações, podendo incorporar outras perguntas pertinentes.