Adesão à prática motora baseada nas vivências anteriores ao processo de envelhecimento.

Abstract

A interação entre os indivíduos e o ambiente é influenciada pelo movimento, auxiliando no processo de desenvolvimento e pode sofrer alterações com as mudanças que ocorrem ao longo da vida. É necessário compreender como as experiências anteriores influenciam a prática atual dos idosos. O objetivo do estudo foi analisar as atividades físicas durante a infância e a continuidade da prática motora na terceira idade. A amostra foi composta por 48 idosos (75% sexo feminino e 25% sexo masculino) com idade média de 68 anos. Foi utilizado um questionário recordatório das atividades referentes à infância e à idade adulta. Os dados foram tabulados no Excel e elegidas categorias através do traço histórico. Os resultados apontam que há um indicativo que os indivíduos que realizaram atividades físicas na infância, se mantiveram ativos ao longo da vida, tendo uma relação das práticas realizadas nessa fase e nas seguintes, como ato de brincar, deslocamento a pé da casa até a escola e ao trabalho, ter aulas de Educação Física, prática esportiva e o nível de escolaridade como aspectos que influenciam a continuidade durante o processo de envelhecimento. Sugere-se uma relação entre a realização de práticas e a diminuição do acometimento por doenças e uso de medicamentos. Proporcionar às crianças vivências pode repercutir em seu desenvolvimento, que pode resultar na adoção de um estilo de vida saudável nas fases seguintes, a partir da prática regular de atividades físicas. Sendo fundamental pensar como as experiências oportunizadas nas primeiras idades podem repercutir no estilo de vida com o passar dos anos, sobretudo na terceira idade, na qual ocorre um declínio das capacidades físicas e psicológicas, e através da atividade física podem ser minimizadas.