Atuação profissional dos egressos do curso de Nutrição da Universidade Federal de Ouro Preto

Abstract

O surgimento do campo da Nutrição, seja como ciência, política social e/ou profissão, é um acontecimento relativamente recente, característico do início do século XX. Nas últimas décadas, o número de cursos de graduação em Nutrição vem crescendo no país, com muitos profissionais formados anualmente. Objetivo: investigar a atuação profissional dos egressos do curso de Nutrição da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Métodos: Trata-se de um estudo transversal, com amostra de conveniência, que entrevistou egressos do curso de Nutrição da UFOP dos últimos 10 anos. O convite para participação foi enviado por email. Os que concordavam em participar tinham acesso ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e o questionário para preenchimento online. Participaram da pesquisa 66 egressos e observou-se que, do total avaliado, 68,2%atuam como Nutricionista, sendo 11,1% atuam na merenda escolar; 20% na área clínica; 20% na área esportiva; 8,9% na área acadêmica; 4,4% apenas em hospitais; 2,2% na área de segurança alimentar e nutricional; 2,2% em hotelaria e 15,6% na produção de refeições; 15,6% na área clínica conciliando com outras áreas, sendo estas ensino, produção de refeições, saúde coletiva, hospitalar e hotelaria. Desses atuantes na área, 80% relataram atuar na área desejada e 66,7% afirmam estar satisfeitos com a profissão. Em relação aos pontos positivos dos que atuam na área, 53,8% associaram à promoção da saúde, seguida de reconhecimento (17,9%), oportunidade de emprego (12,8%), crescimento pessoal (7,7%) e satisfação do paciente (7,7%). Sobre os pontos negativos, foi desvalorização e retorno financeiro (61,4%), seguida de influência negativa da mídia (11,4%), falta de apoio do Conselho Regional de Nutrição (CRN) (9,1%), falta de ética dos colegas de profissão (6,8%), baixa remuneração dos planos de saúde (6,8%), pouca fiscalização do piso salarial (2,3%) e dinâmica socioeconômica do país (2,3%). Dos 32% que não atuam na área da nutrição, 43% entraram no mercado de trabalho. Os motivos para atuação em área distinta a Nutrição incluem: desvalorização da profissão de nutricionista, oportunidade, salário, gosto por outra área e concurso público. Conclui-se que a maioria dos egressos estão atuantes na área da Nutrição, sendo a área clínica a mais frequente, e também se encontram satisfeitos profissionalmente.