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Título: Ingestão de calorias e proteínas e sua relação com a qualidade de vida de pacientes em Cuidados Paliativos no Hospital Paulo de Tarso.
Autor(es): Reis, Marcela Gomes
Orientador(es): Carraro, Júlia Cristina Cardoso
Membros da banca: Carraro, Júlia Cristina Cardoso
Amaral, Joana Ferreira do
Vieira, Renata Adrielle Lima
Palavras-chave: Cuidados paliativos
Ingestão alimentar
Qualidade de vida
Necessidades nutricionais
Fase terminal
Data do documento: 2021
Referência: REIS, Marcela Gomes. Ingestão de calorias e proteínas e sua relação com a qualidade de vida de pacientes em Cuidados Paliativos no Hospital Paulo de Tarso. 2021. 58 f. Monografia (Graduação em Nutrição) - Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2021.
Resumo: Os cuidados paliativos auxiliam a melhor qualidade de vida e tratamentos aos pacientes que se encontram em fase terminal de doença ou apresentam uma patologia considerada como incurável. Esse novo campo no âmbito multidisciplinar e multiprofissional, começou a ser reconhecido modificando a relação saúde e doença em busca por maior espaço, sendo adotado por hospitais de todo o mundo. Paralelo a isto, considerando o aspecto no que se refere à qualidade de vida e ao prazer, a Nutrição pode atuar como fator significativo na constante reafirmação da importância dos cuidados paliativos no Brasil, compondo seu âmbito multidisciplinar. Diante disso, o objetivo deste estudo foi avaliar se a adequação de calorias e proteínas na alimentação estava relacionada à melhor qualidade de vida nos pacientes em cuidados paliativos. Foram avaliados 30 pacientes adultos e idosos, em cuidados paliativos, internados no Hospital Paulo de Tarso em Belo Horizonte. A qualidade de vida destes foi avaliada por meio do questionário QLQ-C15-PAL e grau de Cuidados Paliativos por meio dos questionários: Escala de Desempenho Paliativo (PPS) e escala Palliative Prognostic Index (PPI). A ingestão alimentar foi estimada por meio de um registro alimentar de 24 horas ou por avaliação da infusão de Nutrição Enteral ou Parenteral. Utilizou-se dados antropométricos de peso, altura, perímetro braquial e da panturrilha, aferidos pela equipe de Nutrição Clínica do Hospital Paulo de Tarso. Além disso, foi calculado o Índice de Massa Corporal (IMC) a partir de peso e altura, classificando-os de acordo com a tabela da WHO (2000) para adultos de 19 a 59 anos, e Lipschitz (1994) para idosos a partir de 60 anos. Dos 30 pacientes avaliados, 50% era do sexo feminino e a idade média de 65,6 + 16,6 anos. Os pacientes classificados como baixo peso e menor perímetro da panturrilha apresentaram melhor qualidade de vida, assim como o menor PPS. Em relação às subescalas do QLQ-C15-PAL, não foram encontradas diferenças em relação a sexo e à doença de base. Porém quando avaliadas de acordo com adequação calórica e proteica, apresentaram correlação positiva entre o percentual de adequação proteica e a perda de apetite. Conclui-se que a melhor adequação da ingestão de proteínas e calorias não esteve relacionada à melhor qualidade de vida, e que esta associouse a um pior estado nutricional e prognóstico. Dessa forma, foi possível observar que pacientes com maior grau de utilização de Cuidados Paliativos obtiveram uma melhor qualidade de vida, evidenciando a sua eficácia.
Resumo em outra língua: Palliative care (PC) is a treatment that improves the quality of life of patients in the terminal illness or those with incurable diseases. This relatively new field in science is multidisciplinary and it gained recognition by modifying the relationship between health and disease, and being further adopted by hospitals worldwide. Regarding the quality of life and also pleasure, the nutrition may act as a significant factor to reinforce the importance of PC in Brazil. Therefore, the aim of this study was to assess whether calories and protein adequacy in feed intake was related to better quality of life in patients under PC. A total of 30 adult and elderly patients under palliative care, admitted to Hospital Paulo de Tarso in Belo Horizonte, were evaluated. Their quality of life was assessed by using the QLQ-C15-PAL survey, and also by the PC degree using the following surveys: Palliative Performance Scale (PPS) and Palliative Prognostic Index (PPI) scale. The feed intake was estimated by a 24-hour ingestion record or by the Enteral or Parenteral Nutrition infusion. The Data weight, height, arm and calf circumference of the patients, measured by the Clinical Nutrition team of Hospital Paulo de Tarso, were also used. In addition, the Body Mass Index (BMI) was calculated based upon the weight and height of the patients. The BMI was described following the World Health Organization (WHO) criteria (2000) for adults between 19 to 59 years old, whereas the Lipschitz (1994) table was used to described the BMI of elderly patients older than 60 years. From the 30 patients, 50% were female and had an average age of 65.6±16.6 years. The patients described as underweight and with smaller calf circumference had better quality of life, as well as lower PPS. The QLQC15-PAL subscales showed no statistical differences between sex and underlying condition. By evaluating patients according to the caloric and protein adequacy, a positive correlation were observed betweenprotein percentage and appetite loss. Our results suggest that protein and calorie intake adequacy were not related to a better quality of life, and may be otherwise associated with a worse nutritional status and prognosis. Therefore, it was possible to observe that patients with a higher degree of use of PC had a better quality of life, which shows its effectiveness.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/3475
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