Não é só por peitos e coxas : a dignidade da pessoa trans para além do espelho.

Abstract

O presente trabalho tem por objetivo analisar e problematizar como se dá o acesso e atendimento das pessoas trans (travestis, transgêneras e transexuais) no Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do processo transexualizador. O capitalismo e as relações de gênero estão presentes em todas as esferas sociais, estabelecendo hierarquias nas relações sociais e reproduzindo desigualdades diante da relação capital/trabalho para a manutenção do status quo. Essas questões atravessam diretamente a vivência e acesso das pessoas trans nos serviços de saúde do SUS, garantidos pelo Estado conforme a CF 1988 e consubstanciados em demais leis. Dessa forma, a pesquisa é quali-quantitativa e foi desenvolvida a partir da apropriação dos métodos de revisão bibliográfica, análise documental e de análise de conteúdo, através de reportagens publicadas em mídias digitais. Torna-se necessário o debate da profissão, e pesquisas dentro da área, para identificar avanços nas conquistas de direitos, limites e desafios na atuação das políticas de saúde através de um método crítico dialético marxista para a apreensão da realidade em sua totalidade. Portanto, as estruturas capitalista-racista-hétero-patriarcal tem impacto direto nos efeitos das regressões dos direitos e desmonte da política de saúde, que rebatem na redução da oferta do processo transexualizador e atendimento da população Trans no SUS nos serviços especializados.