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Título: Ações culturais, relações étnico-raciais e desigualdades de gênero : interfaces na educação.
Autor(es): Assis, Carolina Reis de
Orientador(es): Bortolini, Neide das Graças de Souza
Membros da banca: Bortolini, Neide das Graças de Souza
Pereira, Elvina Maria Caetano
Muniz, Kassandra da Silva
Palavras-chave: Congadas - Minas Gerais
Negros - Brasil
Política cultural
Discriminação de sexo
Performance - arte
Data do documento: 2021
Referência: ASSIS, Carolina Reis de. Ações culturais, relações étnico-raciais e desigualdades de gênero: interfaces na educação. 2021. 81 f. Monografia (Graduação em Artes Cênicas) - Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2021.
Resumo: Este artigo visa analisar as experiências realizadas no projeto Raízes e Manifestação do Congado de Santo Antônio do Salto (aprovado pelo Fundo de Cultura do estado de Minas Gerais, em 2016, e executado entre 2018 e 2020), tendo em vista o aporte teórico das pensadoras pretas Leda Maria Martins, Lélia Gonzalez, Nilma Lino Gomes e Petronilha Beatriz Gonçalves. Foram realizadas três oficinas nesta comunidade: fotografia, filmagem e teatralidades corporais; toques e ritos do congado; confecção de tambores. Também houve o mutirão para a construção da sede de pau a pique da comunidade congadeira do distrito de Santo Antônio do Salto, em Ouro Preto, MG. Sendo assim atuei como educadora e produtora cultural na mediação entre a comunidade e o grupo de congado, de modo a contribuir para a resistência das manifestações tradicionais. Entre tecnologias artísticas, utilizando da fotografia, da filmagem e de entrevistas, o projeto culminou com um documentário acerca da preservação da memória desta comunidade congadeira. Tendo como fundamento a Lei 10.639/03, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas públicas e particulares, do Ensino Fundamental ao Ensino Médio, foram realizadas ações junto à comunidade da Escola Municipal Aleijadinho pela viabilização de práticas pedagógicas baseadas nos valores ancestrais do congado de Santo Antônio do Salto. Muitos estudantes brasileiros sofrem com a violência nos espaços escolares, sendo algumas de suas maiores causas o racismo, o machismo e a misoginia dele decorrente. O presente artigo busca refletir sobre essa violência a partir da discussão acerca de atitudes machistas e racistas observadas durante o trabalho desenvolvido pelo NINFEIAS - Núcleo de Investigações FEminIstAS da UFOP. Também são tratadas as atividades desenvolvidas nos estágios de Regência I e de Regência II, do curso de Licenciatura em Artes Cênicas da UFOP, que visam colocar em questão os estereótipos de gênero, trazendo diferentes visões sobre os papéis sexuais e também abordando visões racistas observadas nas escolas da rede pública de Ouro Preto/MG. Desenvolvi, ao longo de três anos, nas oficinas ministradas para estudantes da Educação Básica, jogos teatrais do Teatro do Oprimido (2013), de Augusto Boal, e também atividades do Coolkit: Jogos para a não-violência e igualdade de gênero (2011). Dentre as reflexões levantadas, destaco a discussão em torno da segregação e subalternização dos corpos femininos e feminizados e sua intersecção com questões de ordem racial. Neste artigo apresento a dimensão da formação acadêmica em projetos de extensão desenvolvidos na Universidade Federal de Ouro Preto. As universidades públicas brasileiras são sustentadas na tríade ensino, pesquisa e extensão, de modo que essas três dimensões se articulam no campo do conhecimento. Atualmente, a Lei 13.005, de 25 de junho de 2014, atribui 10% da creditação dos cursos de graduação aos projetos de extensão que se tornam componente obrigatório da formação discente. Tendo este aspecto como horizonte, abordo, especificamente, as ações desenvolvidas pelo NINFEIAS – Núcleo de Investigações Feministas, no âmbito dos projetos de extensão de que participei durante a minha graduação – 2017 a 2019. Tais ações vão desde oficinas oferecidas aos estudantes das escolas da rede pública de Ouro Preto e distritos à pesquisa teórica sobre feminismo negro. Também participei da realização de performances artísticas que me permitiram articular, de maneira crítica e reflexiva, a minha prática como artista e educadora. Ao tratar do impacto dessas ações na minha formação, busco nas leituras de bell hooks, Lélia Gonzalez e Djamila Ribeiro, entre outras, as abordagens das relações raciais presentes na universidade, em sua aproximação com a comunidade, através de práticas libertárias.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/3241
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