Aferição da exclusão financeira nas regiões brasileiras no período entre 2007 e 2018.

Abstract

A partir da segunda metade da década de 1990, as discussões sobre o processo de exclusão financeira da população, principalmente da mais carente, ganharam força nos estudos sobre pobreza e desigualdade social. Um dos pontos principais que norteiam o debate sobre o tema é que a inclusão financeira das famílias, por parte das instituições, seria uma possibilidade de mitigar a pobreza, uma vez que permite a inserção da população de baixa renda ao universo dos serviços e produtos financeiros. Tanto a inclusão quanto a exclusão financeira são movimentos que enfrentam vários obstáculos, como a concentração de renda em municípios com maior desenvolvimento econômico, a baixa renda da população mais pobre, os entraves culturais e problemas de acesso aos produtos, serviços e agências. O objetivo deste trabalho é aferir a exclusão financeira nas regiões brasileiras entre 2007 e 2018 e, desta forma, identificar os determinantes da exclusão no país, a partir do uso de proxies que buscam oferecer uma dimensão deste problema. Como resultados, a apuração apontou evidentemente para a existência de exclusão financeira, com contornos regionais visíveis, tanto na exclusão por acesso, quanto na de serviços. Espera-se, portanto, que desta forma, as pessoas excluídas sejam inseridas ao processo de inclusão financeira e social, sugerindo que a inserção de estratégias de combate à exclusão financeira e políticas antipobreza podem contribuir para maior cidadania e bem-estar para o seu povo.