Câncer de mama : associação entre terapias convencionais e não convencionais

Abstract

O câncer de mama é uma doença altamente prevalente, sendo um dos tipos de câncer mais frequentemente diagnosticado e com alto índice de mortalidade entre as mulheres. Apresenta diferentes estádios de evolução classificados de acordo com o sistema TNM. O câncer de mama tem cura e, quanto mais cedo o diagnóstico e o início do tratamento, maior a chance de se obter sucesso. Geralmente, o tratamento é feito a partir de terapias convencionais, no entanto, alguns pacientes têm buscado métodos alternativos. Entre os tratamentos convencionais, são conhecidas a quimioterapia, radioterapia e cirurgia. A quimioterapia utiliza medicamentos com o intuito de destruir as células formadoras de tumor, preservando as células normais. A cirurgia é feita para a retirada do tumor e idealmente realizada quando o tumor está em fase inicial apresentando condições propícias para sua remoção. A radioterapia é indicada em casos onde os tumores encontram-se em locais de difícil alcance. Ela utiliza radiações na área a ser tratada e é normalmente indicada após a cirurgia para evitar a reincidência. Tanto a radioterapia quanto a quimioterapia apresentam diversos efeitos adversos graves, o que pode levar muitas pacientes a abandonarem o tratamento. Além dos tratamentos convencionais, têm sido estudadas práticas alternativas para o tratamento do câncer de mama, com o intuito de minimizar tais efeitos colaterais. Entre elas, pode-se citar a fitoterapia que tem sido cada vez mais utilizada como método alternativo para o tratamento de diversas patologias, por ser um método natural e de baixo custo. Nessa técnica utilizam-se as plantas frescas, dessecadas ou sob a forma de extrato. Alho, babosa e aroeira, são exemplos de espécies utilizadas na terapia não convencional para o câncer de mama. Apesar de apresentarem muitos efeitos benéficos, algumas plantas podem apresentar efeitos tóxicos devido às propriedades químicas das suas substâncias, sobretudo, quando utilizadas por um longo período. Além disso, a interação com o uso dos antineoplásicos deve ser analisada para que o tratamento seja realizado de forma eficaz, sem riscos aos pacientes. O crescimento das buscas pelo uso de terapias alternativas tem aumentado a necessidade dos estudos sobre o assunto. O uso de plantas medicinais pode prevenir o aparecimento do câncer e auxiliar no tratamento convencional ao combate dos tumores. Contudo, a facilidade ao acesso e a falta de informação acerca da farmacologia e toxicologia dessas plantas podem levar a um uso indiscriminado e, consequentemente, à ocorrência de efeitos tóxicos e contrários ao desejado.