Tratabilidade da água dos rios Doce e Piranga : parâmetros otimizados para o projeto de coagulação e floculação.

Abstract

Essa pesquisa analisa os resultados de ensaios de bancada (Jarteste) com a água dos rios Doce e Piranga, coletadas em setembro de 2017, visando determinar parâmetros otimizados de tratamento para as etapas de coagulação e floculação. A escolha dos dois rios visou estimular uma análise comparativa entre ambos, considerando a contaminação do Rio Doce no desastre da Barragem de Fundão. Foi feita uma caracterização da água bruta dos dois rios, considerando pH, turbidez, alcalinidade e condutividade, que mostrou conformidade dos parâmetros do Rio Doce com as condições anteriores ao acidente. O coagulante utilizado nos ensaios para ambos foi o Policloreto de Alumínio (PAC) e a dosagem ideal para o Rio Doce foi de 32,5 mg/L e para o Rio Piranga, 25 mg/L. O pH ideal de coagulação foi de 8,0 para ambos. Os gradientes e os tempos de mistura rápida ideais foram, respectivamente: 400s-1 e 20s, para o Doce; e 600s-1 e 25s, para o Piranga. A floculação idealizada seria com tempo total de 20 minutos, com 3 câmaras para o Rio Doce e 4 para o Rio Piranga. A turbidez residual nos respectivos cenários foram 2,53 e 0,88 uT. De acordo com Libânio (2010), para os pontos de coleta das águas e as condições desta pesquisa, esses resultados são satisfatórios.