Diagnóstico geoambiental preliminar dos impactos da mineração de topázio imperial no distrito de Rodrigo Silva, Ouro Preto, MG.

Abstract

Superada a desesperança portuguesa diante da dificuldade de mineração de ouro por volta de 1690, em 1772, o topázio imperial começa a ser minerado. A região de Rodrigo Silva, distrito de Ouro Preto, Minas Gerais, ganha notoriedade devido as grandes reservas de topázio. As características geológicas locais justificam a ocorrência do mineral na região, bem como o formato prismático e as cores tipicamente amarelas que podem variar até o vinho- vermelho, características que diferenciam o mineral encontrado na área. Após séculos de mineração, o patrimônio ambiental deixado no distrito, marcado pela atividade é caracterizado por erosões, e alterações morfológicas resultando na intensa degradação do meio físico. As minas na região encontram-se desativadas logo, o resultado da ação antrópica de séculos associado aos processos naturais potencializam os impactos ambientais negativos da localidade. Diante desse quadro, buscou-se um diagnóstico de parte do distrito de Rodrigo Silva, marcado pela ação mineradora, através de trabalho de campo e auxílio de softwares para que fosse possível entender a evolução ao longo dos século de atividade mineradora. Desta forma, notou-se que as atuais condições ambientais do distrito de Rodrigo Silva estão marcadas pelo comprometimento das paisagens locais pela presença de cavas fruto das mineração de topázio imperial. Constatou-se também o forte elo entre comunidade e mineração, uma vez que a atividade mineradora gera riqueza para o distrito, o déficit de fiscalização ambiental na área estudada, além da insuficiente conscientização quanto a importância da melhoria do investimento na preservação de todo o seu patrimônio natural.