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Título: Avaliação temporal dos perfis metabólico e redox na progressão da doença hepática gordurosa metabólica (DHGM) em camundongos alimentados com dieta hiperlipídica.
Autor(es): Pires, Geovanna Cristina
Orientador(es): Costa, Daniela Caldeira
Araújo, Natália Pereira da Silva
Membros da banca: Costa, Daniela Caldeira
Silva, Renata Rebeca Pereira
Machado Junior, Pedro Alves
Araújo, Natália Pereira da Silva
Palavras-chave: Dieta hiperlipídica
Doença hepática gordurosa metabólica
Esteatose hepática
Estresse oxidativo
Data do documento: 2025
Referência: PIRES, Geovanna Cristina. Avaliação temporal dos perfis metabólico e redox na progressão da doença hepática gordurosa metabólica (DHGM) em camundongos alimentados com dieta hiperlipídica. 2025. 65 f. Monografia (Graduação em Nutrição) - Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2025.
Resumo: A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), agora chamada de doença hepática gordurosa metabólica (DHGM), é uma das principais causas de doença hepática crônica. Sua prevalência tem aumentado significativamente ao longo dos anos, indicando a disfunção metabólica como um fator contribuinte para essa condição. Mudanças nos padrões alimentares e na qualidade nutricional das refeições têm sido observadas, especialmente o consumo excessivo de gorduras saturadas. Neste contexto, sabe-se que a duração do consumo de dietas hiperlipídicas ricas em gorduras saturadas ao longo da vida pode influenciar os desfechos da resposta metabólica e oxidativa no fígado de maneira diferenciada, contribuindo para o desenvolvimento e agravamento da DHGM, induzindo modificações oxidativas em macromoléculas celulares, resultando em danos hepáticos. Assim, a hipótese desta pesquisa é de que a duração da exposição a uma dieta hiperlipídica rica em banha de porco poderá afetar de forma distinta os mediadores metabólicos e o perfil redox hepático em camundongos, sendo que a exposição prolongada poderá agravar essas alterações. Dessa forma, este estudo pré-clínico tem como objetivo avaliar o impacto da dieta hiperlipídica nos parâmetros metabólicos séricos (glicose, insulina, colesterol total e triglicerídeos), no perfil lipídico hepático, nos biomarcadores de perfil redox hepático (SOD, CAT, GSH, TBARS e proteína carbonilada) e elucidar essas alterações no agravamento da DHGM. Para cumprir os objetivos propostos, foram utilizados 32 camundongos C57Bl/6 machos, recém desmamados, aleatoriamente distribuídos em dois grupos: Grupo Controle (C), que recebeu dieta padrão AIN-93M; Grupo Dieta Hiperlipídica (DH), que recebeu dieta com 30% de fonte lipídica proveniente de banha de porco. Metade dos animais foram eutanasiados após 8 semanas de exposição à dieta (com o intuito de avaliar as alterações hepáticas iniciais) e a outra metade após 16 semanas (com o intuito de avaliar as alterações hepáticas crônicas). Soro e fígado foram coletados para as análises dos mediadores metabólicos e biomarcadores do perfil redox. Os procedimentos experimentais foram aprovados pelo Comitê de Ética no Uso de Animais (CEUA/UFOP), sob o número de protocolo 9100220322. A análise estatística foi realizada pelo software GraphPad Prism 8.0, pela análise ANOVA TWO WAY, considerando diferenças significativas quando p<0,05. Os resultados demonstraram que a dieta hiperlipídica induziu a hiperinsulinemia, resistência à insulina e hipercolesterolemia quando consumida de forma crônica, apesar de não causar alterações na glicemia e reduzir os triglicerídeos séricos, quando comparada ao grupo controle e ao menor tempo de exposição. Houve também aumento significativo na deposição de lipídios no fígado no grupo DH em comparação ao menor tempo de exposição e ao grupo controle. Em relação ao perfil redox hepático, não houve alterações significativas na atividade das enzimas antioxidantes e nos danos hepáticos mediados por oxidação em comparação ao grupo controle e ao período de ingestão das dietas. Pode-se concluir, portanto, que a dieta hiperlipídica induziu alterações metabólicas séricas e aumento do depósito de gorduras no fígado, principalmente no tempo de dezesseis semanas quando comparada à dieta controle e ao tempo de oito semanas. No entanto, mais experimentos são necessários para observar melhor as alterações no perfil redox hepático.
Resumo em outra língua: Non-alcoholic fatty liver disease (NAFLD), now referred to as metabolic-associated fatty liver disease (MAFLD), is one of the leading causes of chronic liver disease. Its prevalence has increased significantly over the years, highlighting metabolic dysfunction as a contributing factor. Changes in eating patterns and the nutritional quality of meals have been observed, particularly the excessive intake of saturated fats. In this context, it is well established that the duration of consumption of high-fat diets rich in saturated fats throughout life can differentially influence metabolic and oxidative responses in the liver, contributing to the development and progression of MAFLD by inducing oxidative modifications in cellular macromolecules, resulting in liver damage. Based on this, the hypothesis of this study is that the duration of exposure to a high-fat diet rich in pork lard may differentially affect metabolic mediators and the hepatic redox profile in mice, with prolonged exposure potentially exacerbating these effects. Therefore, this preclinical study aims to evaluate the impact of a high-fat diet on serum metabolic parameters (glucose, insulin, total cholesterol, and triglycerides), hepatic lipid profile, and hepatic oxidative stress markers (SOD, CAT, GSH, TBARS, and protein carbonyls), and to elucidate changes in the redox profile during MAFLD progression. To achieve these objectives, 32 newly weaned male C57Bl/6 mice were randomly assigned to two groups: a Control Group (C), which received the standard AIN-93M diet, and a High-Fat Diet Group (HF), which received a diet containing 30% lipid content derived from pork lard. Half of the animals were euthanized after 8 weeks of diet exposure (to assess early hepatic changes), and the other half after 16 weeks (to assess chronic changes). Serum and liver samples were collected for analysis of metabolic mediators and oxidative stress biomarkers. All experimental procedures were approved by the Animal Use Ethics Committee (CEUA/UFOP) under protocol number 9100220322. Statistical analyses were performed using GraphPad Prism 8.0 software, with two-way ANOVA used to assess significance, considering p < 0.05 as statistically significant. The results showed that chronic consumption of the high-fat diet induced hyperinsulinemia, insulin resistance, and hypercholesterolemia, despite not causing significant changes in blood glucose levels and leading to a reduction in triglycerides compared to the control group and the shorter exposure period. There was also a significant increase in hepatic lipid deposition compared to both the shorter exposure period and the control group. Regarding the hepatic oxidative profile, no significant changes were observed in antioxidant enzyme activities or oxidative damage markers compared to the control group or between the different diet exposure durations. In conclusion, the high-fat diet induced alterations in serum metabolic parameters and increased fat accumulation in the liver, particularly after sixteen weeks compared to the control diet and the eight-week period. However, further studies are needed to better understand the potential changes in the hepatic redox profile.Keywords: high-fat diet; metabolic-associated fatty liver disease; hepatic steatosis; oxidative stress.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/8341
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