Determinação e aplicação da curva Intensidade-Duração-Frequência (IDF) de chuvas para o município de Conselheiro Lafaiete (MG) : contribuição ao manejo de águas pluviais urbanas.

Abstract

O crescimento urbano desordenado e a carência de um planejamento eficiente têm intensificado problemas recorrentes nas cidades brasileiras, como observado em Conselheiro Lafaiete (MG), onde a inexistência de um sistema de drenagem adequado favorece a ocorrência de alagamentos, inundações e enchentes. O dimensionamento preciso dessas estruturas exige a determinação confiável da intensidade crítica de precipitação, obtida por meio da equação Intensidade–Duração–Frequência (IDF). Diante da ausência de uma equação oficial para o município, este estudo teve como objetivo ajustar uma equação IDF específica para a condição climatológica local e compará-la com a equação proposta por Macedo e Peixoto (2021), a fim de subsidiar o planejamento e a execução de obras de drenagem urbana. A partir de dados pluviométricos subdiários da estação São Sebastião (CEMADEN), procedeu-se à análise de estacionariedade de modo a identificar eventuais alterações nos padrões de chuva do local, seguida da aplicação de testes de aderência associados às distribuições de probabilidade avaliadas. A distribuição de valores extremos generalizada (GEV) apresentou o melhor desempenho, sendo adotada para o ajuste da equação. Assim, estimaram-se intensidades de precipitação para diferentes durações e tempos de retorno, posteriormente comparadas às da equação de referência para as durações de 10 e 60 minutos e 24 horas. Os resultados indicaram que a equação ajustada apresentou intensidades superiores, para tempos de retorno de 50 e 100 anos, destacando-se a duração de 10 minutos, com os respectivos valores relevantes de 41,19% e 74,56%, evidenciando maior capacidade de representar eventos extremos e de alto tempo recorrência. E para tempos menores, a equação de Macedo e Peixoto (2021) mostrou-se mais conservadora, característica vantajosa para a microdrenagem urbana. A incorporação desses parâmetros ao planejamento representa um avanço significativo para a gestão de águas pluviais do município. Além de oferecer suporte técnico para a elaboração do Plano Municipal de Desenvolvimento de Drenagem Urbana, a adoção da equação IDF ajustada e da equação de referência em aplicações complementares possibilita a concepção de sistemas mais eficientes. O crescimento urbano desordenado e a carência de um planejamento eficiente têm intensificado problemas recorrentes nas cidades brasileiras, como observado em Conselheiro Lafaiete (MG), onde a inexistência de um sistema de drenagem adequado favorece a ocorrência de alagamentos, inundações e enchentes. O dimensionamento preciso dessas estruturas exige a determinação confiável da intensidade crítica de precipitação, obtida por meio da equação Intensidade–Duração–Frequência (IDF). Diante da ausência de uma equação oficial para o município, este estudo teve como objetivo ajustar uma equação IDF específica para a condição climatológica local e compará-la com a equação proposta por Macedo e Peixoto (2021), a fim de subsidiar o planejamento e a execução de obras de drenagem urbana. A partir de dados pluviométricos subdiários da estação São Sebastião (CEMADEN), procedeu-se à análise de estacionariedade de modo a identificar eventuais alterações nos padrões de chuva do local, seguida da aplicação de testes de aderência associados às distribuições de probabilidade avaliadas. A distribuição de valores extremos generalizada (GEV) apresentou o melhor desempenho, sendo adotada para o ajuste da equação. Assim, estimaram-se intensidades de precipitação para diferentes durações e tempos de retorno, posteriormente comparadas às da equação de referência para as durações de 10 e 60 minutos e 24 horas. Os resultados indicaram que a equação ajustada apresentou intensidades superiores, para tempos de retorno de 50 e 100 anos, destacando-se a duração de 10 minutos, com os respectivos valores relevantes de 41,19% e 74,56%, evidenciando maior capacidade de representar eventos extremos e de alto tempo recorrência. E para tempos menores, a equação de Macedo e Peixoto (2021) mostrou-se mais conservadora, característica vantajosa para a microdrenagem urbana. A incorporação desses parâmetros ao planejamento representa um avanço significativo para a gestão de águas pluviais do município. Além de oferecer suporte técnico para a elaboração do Plano Municipal de Desenvolvimento de Drenagem Urbana, a adoção da equação IDF ajustada e da equação de referência em aplicações complementares possibilita a concepção de sistemas mais eficientes.