As relações de poder e controle nas instituições bancárias na Região dos Inconfidentes.

Abstract

O avanço tecnológico e as novas plataformas digitais, iniciaram um processo de metamorfose no mercado financeiro, influenciando o sistema operacional e a relação interpessoal de clientes e bancários. Para conduzir os processos internos dentro da organização, permanece em evidência as formas de controle e poder utilizados sobre e pelos colaboradores das instituições, tanto na oferta de produtos e serviços, como nas atividades desenvolvidas por esses e supervisionadas pelos cargos de hierarquia. O presente trabalho não se limita a uma revisão bibliográfica, mas apresenta uma análise crítica desenvolvida por mim, com base nos estudos realizados, na vivência dentro do ambiente profissional e nas referências consultadas e evidenciadas no discorrer do texto. Para demonstrar este processo, houve coleta de dados de funcionários, que exercem ou já exerceram atividade bancária na região dos inconfidentes. Com o objetivo de analisar através de amostra não probabilística como as relações de poder e controle são estruturadas junto aos colaboradores, apresentando os conceitos chave, demonstrando sua influência nas relações profissionais e propondo mudanças que minimizem o sofrimento no trabalho, tais como pressão por vendas, reuniões ineficazes e a falta de reconhecimento pelo serviço prestado, além de descrever como o poder e controle pode ser considerado uma ferramenta de manipulação utilizada pelo colaborador na negociação de produtos e serviços. Ainda, para que as perspectivas do trabalho, sejam evidenciadas, discutidas e analisadas sob o olhar do poder e controle no âmbito profissional e demonstrar a correlação do prazer e sofrimento no trabalho evidenciando os resultados observados, a presente pesquisa irá descrever uma conjuntura de informações, baseadas nos argumentos apresentados pelos autores Faria, Fleury, Foucault, Meneghetti, entre outros. Conclui-se ser crucial repensar as práticas de gestão e as políticas organizacionais, buscando um equilíbrio entre a eficiência operacional e o cuidado com a saúde mental e física dos trabalhadores, enfatizando que a perpetuação do atual modelo só tende a aprofundar o ciclo de insatisfação, adoecimento e alienação, com consequências devastadoras para os indivíduos e para a própria sustentabilidade das instituições financeiras.