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http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/7721
Título: | Nappe Mantiqueira : ressignificando o arcabouço tectono-estrutural do Complexo Mantiqueira na região entre Ponte Nova e Abre Campo, Faixa Araçuaí, Minas Gerais. |
Autor(es): | Santos, Geovana Aparecida Gomes dos |
Orientador(es): | Endo, Issamu Gonçalves, Leonardo Eustáquio da Silva |
Membros da banca: | Gonçalves, Leonardo Eustáquio da Silva Hippertt, João Pedro Torrezani Martins Souza, Maria Eugênia Silva de |
Palavras-chave: | Geologia Geologia estrutural Dobras - geologia |
Data do documento: | 2025 |
Referência: | SANTOS, Geovana Aparecida Gomes dos. Nappe Mantiqueira: ressignificando o arcabouço tectono-estrutural do Complexo Mantiqueira na região entre Ponte Nova e Abre Campo, Faixa Araçuaí, Minas Gerais. 2025. 107 f. Monografia (Graduação em Engenharia Geológica) – Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2025. |
Resumo: | Este estudo visa caracterizar a estrutura interna do Complexo Mantiqueira entre Ponte Nova e Abre Campo, na porção externa ocidental do orógeno Araçuaí-Congo Ocidental.. No setor investigado da Faixa Araçuaí predominam duas unidades litológicas principais: i) Complexo Mantiqueira; e ii) Grupo Dom Silvério. O Complexo Mantiqueira corresponde ao conjunto rochas gnáissicas de idade paleoproterozoica que ocorrem a leste e a sudeste do cráton São Francisco, não havendo, contudo, o consenso acerca da sua nomenclatura estratigráfica e estrutura interna. O Grupo Dom Silvério se dispõe em uma estreita faixa de direção submeridiana sendo constituído de metapelitos com intercalações de quartzitos, formações ferríferas, gonditos, mármores, anfibolitos e rochas metaultramáficas em posição estratigráfica invertida. Estruturalmente, as rochas do Complexo Mantiqueira, são nucleadas durante o evento orogênico Minas e são posteriormente submetidas a pelo menos duas fases de deformação sin-metamórfica associadas ao evento Brasiliano. A primeira fase (F1) está relacionada à nucleação de uma megadobra recumbente, sendo aqui denominada Nappe Mantiqueira, a qual apresenta vergência para oeste e que se desenvolveu de forma sincrônica a um metamorfismo regional, com condições variando da fácies xisto verde à anfibolito, e cujo traço axial apresenta orientação NE-SW no segmento entre Rio Casca e Oratórios. Na zona de charneira da Nappe Mantiqueira observa-se um arranjo em L-tectonito de anfibólio, biotita, quartzo e feldspatos orientados em direção submeridiana, paralelos a eixos de dobras na fase. Nesta zona, é comum a presença de mobilizados leucocráticos concordantes a subconcordantes ao bandamento gnáissico composto de quartzo, feldspato, anfibólio e subordinadamente biotita. Esta fase consiste num estágio progressivo de encurtamento E-W com rompimento do flanco normal por sobre o flanco inverso promovendo a formação de dobras mesoscópicas assimétricas vergentes para W sobrepondo às dobras do flanco inverso e amplificando as dobras do flanco normal, evidenciando a progressão da deformação. A deposição dos sedimentos do Grupo Dom Silvério ocorreu durante essa fase de nucleação da Nappe Mantiqueira, indicando uma relação direta entre a sedimentação e os estágios iniciais da deformação regional, de forma que sua deposição ocorre em configuração de bacia de antepaís. A fase F2 é marcada pela superposição de dobras F2 sobre estruturas da fase F1, com lineação de interseção e eixos de dobras orientados na direção submeridiana assim como os eixos das dobras assimétricas e rotação do traço axial para SSW no setor meridional da área de estudo. A lineação mineral apresenta caimento para leste. Nesta fase, deformação progressiva gera boudinagem da foliação, onde precipita-se calcita, pirita e quartzo nos sítios extensionais por meio de processos hidrotermais, sob condições estimadas de 300 a 500°C (~1 Kbar), favorecendo a transformação de hornblenda em biotita. As rochas do Grupo Dom Silvério sofrem transporte tectônico para oeste, formando um sinclinal inverso submeridiano. Com o rompimento basal da Nappe Mantiqueira promove cavalgamento do flanco normal sobre o inverso e falhamentos no flanco curto do Sinclinal Dom Silvério. A fase F3 apresenta regime coaxial com encurtamento E-W, gerando dobras abertas de eixo N-S, fraturas N60E com cinemática dextral, mineralização de epidoto e veios de quartzo submeridianos. A F4 é marcada por dobras abertas de eixo E-W. Na F5, ocorrem dobras decamétricas abertas com eixos a 150° e injeção de pegmatitos em N20°E. A F6 registra dobras E-W sob encurtamento N-S em regime coaxial, encerrando a Orogenia Brasiliana. |
URI: | http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/7721 |
Aparece nas coleções: | Engenharia Geologica |
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