Um estudo sobre o efeito de frequências sonoras no bem-estar de trabalhadores de escritórios.

Abstract

O uso de sons e vibrações sonoras com fins terapêuticos é bastante difundido, principalmente em ambientes de meditação ou como adjuvante em tratamentos médicos. No entanto, a sua aplicação no contexto laboral ainda é uma questão a ser investigada. Nesse contexto, o presente trabalho se voltou a um estudo experimental quantitativo, em que uma sequência de vibrações sonoras audíveis em hertz e não musicadas foi construída e avaliada segundo a auto percepção de 55 trabalhadores de 5 escritórios sendo 3 contabilidades, 1 escritórios de plano de saúde e 1 escritório administrativo da UFOP. A amostra contou com pessoas com idades entre 19 e 62 anos, que responderam a dois questionários, que foram aplicados antes e depois da exposição às vibrações. Os resultados do primeiro questionário indicaram uma população predominantemente homogênea em termos de respostas, indicando níveis consideráveis de tensão, preocupação e falta de vontade no ambiente de trabalho. A análise dos resultados do segundo questionário, após a aplicação das vibrações, demonstrou uma variabilidade significativa nas respostas, dividindo os participantes em dois grupos distintos: aqueles que experimentaram benefícios perceptíveis e aqueles que não perceberam alterações significativas. A média geral indicou resultados positivos, sugerindo uma eficácia consistente da vibração na melhoria do estado de ânimo e na disposição dos participantes. Os relatos dos participantes corroboram a predominância de avaliações positivas, indicando que a aplicação da vibração foi, em sua maioria, benéfica. Dentre outras contribuições, os resultados deste estudo sugerem que a introdução de vibrações sonoras no ambiente de trabalho pode ter efeitos positivos no estado de ânimo e na disposição dos participantes, com destaque para a sensibilidade auditiva individual de cada pessoa.