Ferrovia e mineração em Minas Gerais : contexto histórico e análise do projeto FC41.

Abstract

O desenvolvimento econômico e social de uma nação está intrinsecamente ligado à sua infraestrutura de transportes e recursos naturais entre outros fatores determinantes. No cenário brasileiro, onde as riquezas minerais desempenham um papel proeminente, a convergência entre a evolução da malha ferroviária e a produção mineral emerge como um terreno fértil para a compreensão das engrenagens que impulsionam a expansão das estradas de ferro. Nesse contexto, a presente monografia almeja lançar um foco esclarecedor sobre a trajetória histórica e as interações dinâmicas entre a malha ferroviária e a produção mineral, com ênfase nas suas conexões no âmbito do panorama mineiro. O Brasil conservou muitos dos seus traços constituintes, ou seja, uma economia exploradora e importadora de bens primários, desde o século XIX sendo que a construção das ferrovias no Brasil desencadeou uma série de transformações socioeconômicas que ecoaram através do tempo. Minas Gerais, notavelmente reconhecida por suas reservas minerais abundantes, desempenhou um papel de destaque nesse cenário. A locomotiva era sinônima inequívoca de modernidade, e em decorrência disso, tratar de sua implantação era garantia do progresso. Este pensamento perdurou até que vieses políticos relacionados à infraestrutura do setor logístico nacional se voltaram para o modal rodoviário. O estabelecimento de uma grande estatal ferroviária, revelou sérios problemas de ineficiência e baixa produtividade, a dissolução desta criou concessões de trechos e estabeleceu oportunidades para o mercado privado, o qual pode e deve ser melhor explorado atualmente. Ao analisar um dos projetos propostos pelo Plano Estratégico Ferroviário de Minas Gerais, o FC 41, o trabalho proposto compreende o cenário atual das ferrovias mineiras e expõe ganhos financeiros, econômicos e sociais para a região contemplada pelo projeto.