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Título: Destaque da ausência de glúten em rótulos de alimentos industrializados : qualidade nutricional versus marketing.
Autor(es): Reis, Brendha Ferreira Louven dos
Orientador(es): Salierno, Camila Carvalho Menezes
Resende, Francine Rubim de
Membros da banca: Salierno, Camila Carvalho Menezes
Resende, Francine Rubim de
Carvalho, Natália Caldeira de
Falco, Thaís Silva
Palavras-chave: Alimentos processados
Alimentos ultraprocessados
Marketing
Rotulagem de alimentos
Legislação sobre alimentos
Data do documento: 2023
Referência: REIS, Brendha Ferreira Louven dos. Destaque da ausência de glúten em rótulos de alimentos industrializados: qualidade nutricional versus marketing. 45 f. Monografia (Graduação em Nutrição) - Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2023.
Resumo: É crescente o número de adeptos a dietas que visam uma alimentação mais saudável, como também a crescente busca de padrões estéticos. Dentre várias alternativas “mais saudáveis”, o uso de dietas restritivas segue ganhando popularidade. Uma delas é a restrição de glúten, devido a associação de sintomas gastrointestinais, inchaço e aumento de peso entre determinados indivíduos. Entretanto, não existem estudos que comprovem o efeito benéfico dessa restrição para indivíduos saudáveis, sendo apenas comprovado e recomendado a exclusão para pacientes acometidos por desordens relacionadas ao mesmo, como a doença celíaca. Ciente disso, as indústrias utilizam estratégias de marketing para atrair os consumidores dentro das suas necessidades, criando produtos específicos para as expectativas dos consumidores. Neste contexto, objetivou-se identificar e avaliar a qualidade nutricional de alimentos industrializados comercializados no Brasil com a presença de alegações relacionadas à ausência de glúten em destaque nos painéis frontais dos rótulos, como “sem glúten”, “gluten free” ou “zero glúten”, considerando as diferentes categorias de alimentos, extensão e propósito de processamento, além da presença de alegações nutricionais. Foram identificados em supermercados e e-commerces brasileiros 439 alimentos, dos quais 31,6% foram associados a grupos de alimentos que não careceriam da presença da terminologia. Do total de alimentos identificados, 62% eram ultraprocessados e 69,9% apresentavam algum nutriente crítico em alto teor. Apesar disso, muitos apresentavam correlação com alegações ou termos nutricionais evidenciando alguma característica considerada positiva em relação à qualidade nutricional. Concluiu-se que tais alimentos, em sua maioria, podem levar o consumidor ao engano, associando a presença de alguma terminologia considerada saudável aliado ao fato de não apresentar glúten e, portanto, usufruindo das estratégias de marketing para induzir a decisão de compra dos consumidores.
Resumo em outra língua: The number of people who follow diets that aim at a healthier diet is growing, in search of beauty standards. Among several “healthier” alternatives, the use of restrictive diets continues to gain popularity among consumers. One of them is gluten restriction, due to the association with gastrointestinal symptoms, bloating, and weight gain among certain individuals. However, there are no studies that prove the beneficial effect of this restriction for healthy patients, with only proven and recommended exclusion for patients affected by related disorders such as celiac disease. Aware of this, industries use marketing strategies to attract consumers within their needs, creating specific products to meet consumer expectations. In this context, the objective was to identify and evaluate the nutritional quality of industrialized foods marketed in Brazil with the presence of claims related to the absence of gluten highlighted on the front panel of the label, considering the different categories of foods, extension, and purpose of processing, in addition to the presence of nutrition claims. Four hundred thirty-nine foods were identified in Brazilian supermarkets and e-commerces, of which 31.6% were associated with food groups that do not require the presence of the term. Out of the total number of foods identified, 62% were ultra-processed and 69.9% had a high content of critical nutrients. Despite this, many were correlated with nutritional claims or terms, evidencing some positive characteristics in relation to nutritional quality. Such foods, for the most part, can mislead consumers, associating the presence of some terminology considered healthy combined with the fact that they do not contain gluten and, therefore, taking advantage of marketing strategies to induce consumers' purchasing decisions.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/6982
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