Avaliação do efeito do fulerol na redução do estresse oxidativo em células infectadas por Zika virus.

Abstract

A febre do zika é uma doença aguda grave causada pelo Zika virus, pertencente à família Flaviviridae, que é transmitido especialmente pela picada de mosquitos da espécie Aedes aegypti. Em ensaios in vitro, observa-se que após a infecção, ocorre uma elevação dos níveis de espécies reativas de oxigênio (EROs) como estratégia de combate celular. No entanto, simultaneamente à produção de EROs, as células produzem enzimas antioxidantes, como a superóxido dismutase (SOD) e a Catalase (CAT), para compensar a produção de EROs, pois, esse excesso pode levar ao estresse oxidativo da célula. Neste contexto, entender a dinâmica da produção de EROs em células infectadas, bem como a resposta antioxidante celular é importante para compreender a importância dessa resposta na replicação viral para que novas abordagens terapêuticas possam ser desenvolvidas. Sobretudo, compostos antioxidantes como o fulerol, uma esfera de carbonos ligados a hidroxilas, que tem a função de capturar EROs gerados pela infecção. Dados preliminares do nosso grupo de pesquisa têm sugerido que o fulerol é capaz de restaurar o equilíbrio redox e reduzir a replicação viral. Portanto, neste trabalho, avaliamos a produção de EROs e a ação de enzimas antioxidantes em células infectadas com ZIKV, analisando a citotoxidade do fulerol no modelo celular, a dosagem de ROS intracelular, analise da SOD, além de outros testes. Foram obtidos resultados promissores, que mostraram a eficácia do composto ao diminuir a atividade das EROs, normalizar a atividade da via NFR-2/ARE, bem como os efeitos do fulerol nesse contexto para corroborar e aprimorar os resultados anteriormente obtidos.