O nível educacional afeta a qualidade de vida percebida dos domicílios brasileiros?

Abstract

O bem-estar é uma dimensão essencial da vida, considerado de uma perspectiva multidimensional, que vai além de simples métricas como a felicidade. Neste estudo, o objetivo principal foi decompor e analisar a qualidade de vida percebida dos domicílios brasileiros em relação aos níveis educacionais, utilizando microdados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do biênio 2017-2018, coletados pelo IBGE. Para alcançar este objetivo, a metodologia adotada empregou a Decomposição de Oaxaca (1973), uma técnica estatística que descompõe as diferenças médias entre dois grupos. Os resultados revelaram que domicílios liderados por indivíduos com nível superior de educação possuem uma percepção de qualidade de vida superior quando comparado com aqueles em que a pessoa de referência possui apenas o nível médio. A análise também revelou que o componente de saúde percebida foi o fator que apresentou a maior diferença no bem-estar percebido entre os grupos analisados. Além da educação, outros fatores como situação financeira, idade e infraestrutura domiciliar mostraram-se influentes na percepção da qualidade de vida.