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Título: Quem são os alimentos comercializados com o termo fit no Brasil?
Autor(es): Carneiro, Thamara de Cássia
Orientador(es): Salierno, Camila Carvalho Menezes
Gomes, Nayara Resende
Membros da banca: Mendonça, Raquel de Deus
Resende, Francine Rubim de
Salierno, Camila Carvalho Menezes
Palavras-chave: Alegações nutricionais
Alimentos ultraprocessados
Perfil de nutrientes
Alimentos fit
Data do documento: 2022
Referência: CARNEIRO, Thamara de Cássia. Quem são os alimentos comercializados com o termo fit no Brasil?. 2022. 64 f. Monografia (Graduação em Nutrição) - Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2022.
Resumo: Paralelamente aos altos índices de obesidade e Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil e no mundo, a preocupação com a saúde e a busca pelo padrão de beleza tem intensificado as estratégias das indústrias alimentícias. Dentre os alimentos comercializados no Brasil, têm-se destacado os com os termos Fit ou Fitness, os quais ainda não são regulamentados pelas legislações vigentes. Neste contexto, objetivou-se identificar e avaliar o perfil de nutrientes desses alimentos no Brasil, considerando diferentes categorias de alimentos, extensão e propósito de processamento, além da presença de alegações nutricionais. A coleta se deu de forma presencial e online, os dados foram catalogados no Excel e analisados seguindo os critérios dos modelos de perfis de nutrientes da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Foram identificados 146 alimentos comercializados com os termos Fit ou Fitness em seus rótulos, onde 79% dos alimentos foram classificados como ultraprocessados e, são prevalentemente pertencentes aos grupos de biscoitos, doces e pós para refrescos. De acordo com os critérios de classificação do perfil de nutrientes da OPAS, 75% dos alimentos possuíam pelo menos um nutriente crítico em nível elevado, com destaque para os altos teores de açúcares livres (63,9%), gorduras totais (50,8%), e a presença de edulcorantes na lista de ingredientes (53,1%). Segundo o modelo da ANVISA foram encontrados valores prevalentemente menores, onde 39,2% dos alimentos continham pelo menos um nutriente crítico em excesso, sendo açúcares livres (33,3%), gorduras totais (18,5%) e sódio (6,9%). Ademais, 80% dos rótulos apresentaram alegações e termos exaltando alguma característica “benéfica” do produto, como “zero açúcar”, “sem glúten” e “rico em fibras”. Concluiu-se que tais alimentos são, em sua maioria, ultraprocessados, com elevada prevalência de nutrientes críticos e estão associados a presença de alegações distintas que exaltam alguma característica positiva do produto, podendo levar o consumidor ao engano.
Resumo em outra língua: Parallel to the high rates of obesity and Non-Transmissible Chronic Diseases (NCD) in Brazil and worldwide, the concern with health and the search for beauty standards has intensified the strategies of food industries. Among the foods commercialized in Brazil, those with the terms Fit or Fitness have stood out, which are not yet regulated by the current laws. In this context, the objective was to identify and evaluate the nutrient profile of these foods in Brazil, considering different food categories, extent and purpose of processing, and the presence of nutrition claims. The data were cataloged in Excel and analyzed following the criteria of the Pan American Health Organization (PAHO) and the National Health Surveillance Agency (ANVISA) nutrient profile models. We identified 146 foods marketed with the terms Fit or Fitness on their labels, where 79% of the foods were classified as ultra-processed and are prevalently belonging to the groups of cookies, candies and powders for refreshments. According to the PAHO nutrient profile classification criteria, 75% of the foods had at least one critical nutrient at a high level, especially the high levels of free sugars (63.9%), total fats (50.8%), and the presence of sweeteners in the ingredients list (53.1%). According to the ANVISA model, prevalently lower values were found, where 39.2% of the foods contained at least one critical nutrient in excess, being free sugars (33.3%), total fats (18.5%), and sodium (6.9%). Furthermore, 80% of the labels presented claims and terms extolling some "beneficial" characteristic of the product, such as "zero sugar", "gluten free" and "high in fiber". It was concluded that such foods are mostly ultra-processed, with high prevalence of critical nutrients and are associated with the presence of distinct claims that exalt some positive feature of the product, which may lead consumers to deception.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/5618
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