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Título: Relação do índice de massa corporal com os fatores da escala de Braden em pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva.
Autor(es): Coelho, Aída Ceribeli Silva
Orientador(es): Ribeiro, Silvana Mara Luz Turbino
Menezes Júnior, Luiz Antônio Alves de
Membros da banca: Ribeiro, Silvana Mara Luz Turbino
Menezes Júnior, Luiz Antônio Alves de
Vieira, Renata Adrielle Lima
Amaral, Joana Ferreira do
Palavras-chave: Índice de massa corporal
Escala de Braden
Lesão por pressão
Unidade de terapia intensiva
Data do documento: 2022
Referência: COELHO, Aída Ceribeli Silva. Relação do índice de massa corporal com os fatores da escala de Braden em pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva. 2022. 45 f. Monografia (Graduação em Nutrição) - Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2022.
Resumo: As lesões por pressão (LPP) desafiam os profissionais de saúde, devido ao grande número de casos. Estudos mostram que a Escala de Braden apresenta boa sensibilidade para a avaliação clínica do risco para o desenvolvimento da lesão. Ela apresenta seis variáveis: percepção sensorial, umidade, atividade, mobilidade, nutrição, fricção e força de cisalhamento. Estudos indicam que a desnutrição e o baixo índice de massa corporal (IMC) favorecem este tipo de lesão. Portanto, este estudo tem como objetivo identificar, nos pacientes hospitalizados na UTI da Santa Casa da Misericórdia de Ouro Preto, durante certo tempo, a relação do índice de massa corporal com os fatores da Escala de Braden mais frequentes. Foram analisados dados de 87 prontuários da UTI da Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto, no ano de 2019. Para realizar as análises e os testes estatísticos, utilizou-se o software SPSS e a Microsoft Excel. Para verificar a distribuição dos dados foi realizado o teste Shapiro-Wilk, seguido dos testes não paramétricos Mann-Whhitney e Kruskal Wallis para relacionar o IMC e os fatores da Escala de Braden. Além disso, foi realizada regressão logística multivariada para estimar a associação entre os fatores da Escala de Braden e o IMC, ajustados para sexo e idade. Considerou-se significante um p de 0,05 ou 5%. Do total de pacientes, 64,4% eram idosos e 35,6% adultos; 60,9% do sexo masculino e 39,1% do sexo feminino; 56,3% portadores de hipertensão, 33,3% de diabetes, 18,4% de insuficiência cardíaca crônica, 6,9% de insuficiência renal e 16,1% de doença pulmonar obstrutiva crônica. Do total, 35,6% apresentaram Lesão por Pressão e 64,4% não apresentaram Lesão por Pressão ou não tinham dados completos da Escala de Braden. A média do tempo de internação desses pacientes foi de 8 dias e observou-se um predomínio estatisticamente significante para o desenvolvimento da LPP naqueles pacientes cujo tempo de internação foi superior a 11 dias. De acordo com dados do IMC, 47,1% pacientes eram eutróficos, 21,8% com baixo peso, 28,7% com sobrepeso e 2,3% eram obesos. Dessa forma, analisaram-se os fatores de risco da Escala de Braden isoladamente, de cada paciente, e os valores do IMC de acordo com cada fator. Ao analisar cada fator de risco da escala isoladamente, observou-se que, mais de 50% dos pacientes apresentaram valores indicativos de alto risco ou moderado para desenvolver a LPP conforme os fatores percepção sensorial (51,8%), atividade (73,6%), mobilidade (56,3%), nutrição (59,8%), fricção e cisalhamento (83,9%). Os pacientes classificados em alto risco ou moderado de desenvolver a LPP, conforme os fatores percepção sensorial, umidade, mobilidade e fricção e força de cisalhamento apresentaram os maiores valores de IMC (25, 62 kg/m2, 29,38 kg/m2, 25,41 Kg/m2 e 25,13 Kg/m2 respectivamente). A análise da associação dos fatores da Escala de Braden com o IMC, na análise multivariada, ajustada por sexo e idade demonstrou que a cada aumento de uma unidade do IMC (aumento de 1 kg/m²) a chance de ter alto risco nos fatores percepção sensorial (11%), mobilidade (9%), fricção e cisalhamento (17%) e no escore da Escala de Braden (10%) foram estatisticamente significantes. Através dos dados encontrados neste estudo, conclui-se que, a análise isolada de cada fator da Escala de Braden associado ao Índice de Massa Corporal pode auxiliar estudos relacionados com o aumento da eficácia das ferramentas utilizadas para o prognóstico da LPP, em pacientes em risco.
Resumo em outra língua: Pressure injuries (LPP) challenge health professionals, due to the large number of cases. Studies show that the Braden Scale presents good sensitivity for the clinical evaluation of the risk for the development of the lesion. It has six variables: sensory perception, moisture, activity, mobility, nutrition, friction and shear strength. Studies indicate that malnutrition and low body mass index (BMI) favor this type of injury. Therefore, this study aims to identify, in patients hospitalized in the ICU of the Santa Casa da Misericórdia de Ouro Preto, for a certain time, the relationship of body mass index with the most frequent Braden Scale factors. Data were analyzed from 87 medical records of the ICU of Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto, in 2019. Statistical analyses and tests were performed using the SPSS software and Microsoft Excel. To verify the distribution of the data, the Shapiro-Wilk test was performed, followed by the non-parametric Mann-Whhitney and Kruskal Wallis tests to relate the BMI and the factors of the Braden scale.In addition, multivariate logistic regression was performed to estimate the association between the factors of the Braden scale and BMI, adjusted for gender and age. A p of 0.05 or 5% was considered significant. Of the total number of patients, 64.4% were elderly and 35.6% were adults; 60.9% were male and 39.1% were female; 56.3% had hypertension, 33.3% had diabetes, 18.4% had chronic heart failure, 6.9% had renal failure and 16.1% had chronic obstructive pulmonary disease. Of the total, 35.6% had Pressure Injury and 64.4% did not have Pressure Injury or did not have complete data from the Braden Scale. The average time of hospitalization of these patients was 8 days and there was a statistically significant predominance for the development of LPP in those patients whose hospitalization time was greater than 11 days. According to BMI data, 47.1% of patients were eutrophic, 21.8% underweight, 28.7% overweight, and 2.3% were obese. Thus, we analyzed the risk factors of the Braden Scale alone, of each patient, and the BMI values according to each factor. When analyzing each risk factor of the scale alone, it was observed that more than 50% of the patients presented indicative values of high risk or moderate to develop LPP according to sensory perception factors (51.8%), activity (73.6%), mobility (56.3%), nutrition (59.8%), friction and shear (83.9%). Patients classified as at high or moderate risk of developing LPP, according to sensory perception, humidity, mobility, and friction and shear strength presented the highest BMI values (25,62 kg/m², 29.38 kg/m², 25.41 kg/m² and 25.13 kg/m² respectively). The analysis of the association of the factors of the Braden Scale with BMI, in the multivariate analysis, adjusted by sex and age showed that at each increase of one BMI unit (increase of 1 kg/m²) the chance of having high risk in the sensory perception factors (11%), mobility (9%) friction and shear (17%) and the Braden Scale score (10%) were statistically significant. From the data found in this study, it is concluded that, the isolated analysis of each factor of the Braden Scale associated with the Body Mass Index can help studies related to the increased effectiveness of the tools used for the prognosis of LPP, in patients at risk.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/5054
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