Análise de viabilidade da utilização de resíduos da cana-de-açúcar na produção brasileira de etanol de segunda geração (E2G).

Abstract

O atual cenário mundial, com grande enfoque na sustentabilidade, visa cada vez mais à utilização de energias renováveis, substituindo assim as fósseis. Dentro dessa linha, o presente trabalho de conclusão de curso procurou analisar a viabilidade da utilização dos resíduos da cana-de-açúcar, mais precisamente a matéria lignocelulósica, gerados pelo setor sucroalcooleiro, na produção do etanol de segunda geração — E2G. A metodologia aplicada baseou-se no estudo bibliográfico do desenvolvimento tecnológico para obtenção do biocombustível. Apesar de o bagaço de cana ser bastante empregado na produção do E2G, identifica-se que o palhiço, gerado pelo corte mecanizado, apresenta propriedades muito mais interessantes para a produção do E2G e até mesmo para a geração de energia elétrica pela cogeração. Algumas dificuldades, no entanto, impedem que o processo seja mais difundido. A principal dificuldade ainda se concentra no alto preço de importação das enzimas necessárias para tratar a matéria-prima e também na logística de levar esta mesma matéria-prima da fase agrícola para a fase industrial. Com economias de escala e novos avanços tecnológicos, a viabilidade aumenta cada vez mais, e a previsão é de que o custo de produção do E2G seja menor do que o E1G.