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http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/4953
Título: | Um estudo diacrônico da regência dos verbos esquecer(-se) e lembrar(-se) em notícias de jornais dos séculos XIX e XXI. |
Autor(es): | Silva, Marcella Costa e |
Orientador(es): | Mendes, Soélis Teixeira do Prado |
Membros da banca: | Mendes, Soélis Teixeira do Prado Mourão, Eliane Simões, Diogo Souto |
Palavras-chave: | Linguística histórica Regência verbal Gramática Português Brasileiro Jornais |
Data do documento: | 2022 |
Referência: | SILVA, Marcella Costa e. Um estudo diacrônico da regência dos verbos esquecer(-se) e lembrar(-se) em notícias de jornais dos séculos XIX e XXI. 2022. 70 f. Monografia (Graduação em Letras) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2022. |
Resumo: | Considerando-se o recorrente conflito entre norma e uso, esta pesquisa teve por objetivo realizar um modesto estudo diacrônico da(s) regência(s) dos verbos esquecer(-se) e lembrar(-se) em notícias dos jornais O Universal (1825), O Tempo (2021), Folha de S.Paulo (2022) e O Globo (2022), tendo como referencial teórico os linguistas Bynon (1983) e Faraco (1997) e os gramáticos Thomaz Brandão (1888), Cláudio Brandão (1963), Celso Luft (1976, 2008) e Cunha e Cintra (2017). Este é, portanto, um estudo descritivo-comparativo, tal qual os pressupostos teórico-metodológicos da Linguística Histórica. Ao fim, observou-se que, de maneira geral, nesses corpora, a forma simples – ou seja, não pronominal – de ambos os verbos foi preferida pelos falantes ao longo do tempo, especialmente a do lembrar(-se). Este, por sua vez, aparentou ter sofrido alguma mudança com o tempo, pois a forma simples com complemento direto (VTD) que hoje é reconhecida como padrão da língua, ao lado da forma pronominal, não esteve registrada nos manuais da sincronia pretérita consultados – inclusive, verificou-se que era considerada galicismo (RIBEIRO, 1923) e, por isso, pareceu ser uma variante estigmatizada e inovadora na época. Além disso, com exceção desse caso, deve-se pontuar que, em ambos os períodos, os desvios às normas mostraram-se bastante contidos para que se pudesse falar em mudança. Contudo, merece destaque o fato de que as formas não padrão – ou seja, a simples com complemento indireto (VTI) e a pronominal com preposição ausente (VTDp) – tenham estado presentes, ainda que minimamente, em um gênero textual escrito cujo domínio discursivo seja mais vigilante quanto à linguagem usada. |
Resumo em outra língua: | Taking the recurrent conflict between standard norm and use into consideration, this research aimed the conduction of a modest diachronic study of the verbal regency of esquecer-se and lembrar-se in the newspapers O Universal (1825), O Tempo (2021), Folha de S. Paulo (2022) and O Globo (2022), using as theoretical background linguists Bynon (1983) and Faraco (1997) and grammarians Thomaz Brandão (1888), Cláudio Brandão (1963), Celso Luft (1976, 2008) and Cunha & Cintra (2017). Therefore, this is a descriptive-comparative study, according to the theoretical and methodological premises of Historical Linguistics. It was observed, generally, throughout the corpora analyzed, the simple forms – therefore, the non-pronominal form – of both verbs preferred by the speakers over the years, especially with lembrar-se. This verb, in turn, apparently suffered a change over time, seeing that the simple form accompanied by the direct complement (DTV), considered today as the standard norm in Portuguese, alongside the pronominal form, was not registered in the manuals of past synchrony consulted, even considered Gallicism (RIBEIRO, 1923). Because of that, it seemed like a stigmatizated and innovating variant in the time. Furthermore, given this exception, it must be stressed that in both cases the drift from the standard norm showed themselves very constrained to allow a conversation about a change. However, it is valuable to highlight the fact that non-standard forms, in other words, the simple form accompanied by the indirect complement (ITV) and the pronominal form with absent preposition (pDTV), were present, even though in a small quantity, in a written textual genre whose discursive domain is more vigilant regarding the spoken language. |
URI: | http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/4953 |
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