Serviço Social na educação profissional e tecnológica : reflexões sobre o papel do assistente social no IFMG campus Ouro Preto.

Abstract

O entendimento do fazer profissional do assistente social no âmbito do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais campus Ouro Preto decorre da demarcação da função desta profissão em uma sociabilidade estruturada na relação contraditória e de exploração do homem pelo homem. É no bojo do desenvolvimento do modo de produção capitalista que as expressões da “questão social” se colocam a partir das condições de produção e reprodução da força de trabalho. O contexto onde a classe trabalhadora ascende no cenário social e se legitima como sujeito de direito cujas necessidades de reprodução e existência precisam ser asseguradas pelo Estado, marca o surgimento das políticas sociais, dentre elas a de educação. O atendimento de tais necessidades demanda a inserção dos assistentes sociais, enquanto profissionais que têm como objeto de intervenção as diversas expressões da “questão social”. No caso brasileiro, a condição de inserção do país no contexto global da sociabilidade capitalista interfere diretamente no atendimento das prerrogativas constitucionais que asseguram a educação como direito social e responsabilidade do Estado brasileiro. Dessa forma, uma vez inserido na política de educação profissional e tecnológica, o/a profissional assistente social tem sua realidade de atuação atravessada pelo contexto socioeconômico e cultural brasileiro e internacional. Contemporaneamente, a política neoliberal propõe a redução dos investimentos públicos na esfera social e se materializa em cortes no orçamento da política de educação e na política de assistência estudantil. Tal cenário repercute sobre a construção de uma intervenção profissional no IFMG-OP, já que a execução do PAE é uma das suas principais atividades na instituição, e é por meio deste programa que é viabilizado o atendimento das demandas apresentadas pelos usuários atendidos na instituição.