Arquitetura escolar inclusiva: a qualidade do espaço escolar voltado à pessoa surda.

Abstract

A educação é um processo que envolve vários fatores e necessidades. Quando analisamos as características gerais dos atuais modelos de ensino, percebemos que os mesmos corroboram com a crescente exclusão social que assola o ambiente escolar. Existe hoje o risco real de se criar uma dinâmica de segregação social e educativa dentro desse ambiente, minimizando a equidade na educação, seja pela existência de fortes desigualdades na qualidade e na oferta educativa entre as diversas regiões do país, bem como pelo agravamento das desigualdades dentro de um mesmo território). No entanto, em situações nas quais escola e seus colaboradores agem de forma a minimizar essa segregação, a instituição é capaz de funcionar como um eficaz agente de mudança. Este trabalho busca discutir a inclusão escolar com o foco nos alunos surdos. Em relação à inclusão de alunos surdos, é importante considerar que a falta de audição exige uma concentração maior no que se fala em aspectos visuais e do planejamento do espaço físico para reduzir riscos, manter a integridade e saúde desses indivíduos e propiciar um ambiente com maior qualidade de vida. O trabalho aqui proposto tem como objeto de estudo o Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas Com Surdez (CAS), com o objetivo analisar possibilidades de adaptação do espaço escolar para a pessoa surda, e também dos profissionais envolvidos. Ou seja, analisar de que maneira e até que ponto a arquitetura é capaz de auxiliar no processo de aprendizagem da pessoa surda ou com deficiência auditiva, e como os espaços são capazes de promover o ganho cognitivo dessa comunidade.