Desenvolvimento e estabilidade de chás verde e preto prontos para o consumo.

Abstract

Os chás contêm grandes quantidades de compostos bioativos com propriedades antioxidantes e muitos chás prontos para beber estão sendo desenvolvidos com grande aceitação, considerando o mercado promissor para esses produtos. No entanto, o potencial bioativo desses produtos deve ser preservado durante todo o armazenamento. O objetivo deste trabalho foi avaliar mudanças no conteúdo fenólico total e na capacidade antioxidante para 6 formulações de chás verdes e pretos prontos para beber, armazenados no escuro ou expostos à iluminação emitida por lâmpadas LED durante 56 dias à temperatura ambiente. A estabilidade foi avaliada a cada 14 dias, medindo conteúdo fenólico total por Folin-Ciocalteu e capacidade antioxidante pelos ensaios ABTS e FRAP. O teor fenólico total das formulações de chá verde foi maior do que aqueles formulados com chá preto. Na ausência de luz, o conteúdo fenólico total do chá verde permaneceu estável durante todo o armazenamento, mas caiu após 14 dias quando as formulações foram expostas à luz. O conteúdo fenólico total para o chá preto diminuiu após 42 e 14 dias, na ausência e na presença de luz, respectivamente. A capacidade antioxidante para o chá verde diminuiu após 14 dias, na presença de luz, porém a queda foi maior para o ensaio FRAP. Na ausência de luz, as alterações na capacidade antioxidante para o chá verde foram observadas apenas para as amostras analisadas por FRAP após 14 dias. Uma redução na capacidade antioxidante (FRAP e ABTS) ocorreu após 42 dias para ambas as amostras expostas à luz. Os resultados mostram que, para reter a maioria de seus conteúdos fenólicos totais e da capacidade antioxidante, essas bebidas de chá devem ser comercializadas em embalagens âmbar e armazenadas por até 56 dias.