Coordenação motora, aptidão física e qualidade de vida de universitários de educação física.

Abstract

Este trabalho buscou analisar fatores preditores da qualidade de vida em universitários ingressantes nos cursos de educação física, investigando a influência da proeficiência motora na manifestação das capacidades físicas inerentes à aptidão física e o impacto na qualidade de vida. A amostra foi composta por 145 alunos (75 homens e 70 mulheres), com idade média de 21,18 ± 3,72, de uma universidade do interior de Minas Gerais. Na análise segregada pelo sexo, houve diferença significativa em todos itens do teste de coordenação motora com bola (TECOBOL) e nos testes de saltos laterais e salto monopedal da coordenação motora sem bola. Os homens tiveram melhor desempenho nos testes de corrida/caminhada em 9 minutos, salto em distância, arremesso de medicine ball, quadrado de agilidade, corrida de 20 metros e abdominais em 1 minuto. Na qualidade de vida não foi observada diferença significativa. O teste do quadrado de agilidade se mostrou fortemente correlacionado aos testes de coordenação motora. Se mostrou ainda, fortemente associado a melhores níveis de qualidade de vida, mesmo sem ter tido representatividade na classificação de excelência e a maior incidência ter sido encontrada na classificação fraca para ambos os sexos. Conclui-se que desenvolver as capacidades motoras, principalmente a coordenação motora, nas idades mais tenras é de extrema importância para que os estudantes se mantenham com padrões de aptidão física adequados, contribuindo para a adoção da prática esportiva continuada e, consequentemente, melhores níveis de qualidade de vida em todas as etapas do desenvolvimento humano.