Avaliação preliminar de diferentes concentrações do elemento ferro (Fe2+) na sobrevivência e reprodução de Ceriodaphnia cornuta (crustacea, cladocera).

Abstract

A extração de minerais metálicos tem um papel importante para a economia nacional brasileira, porém provocam extremas mudanças no ambiente. O rompimento de barragens de rejeitos dos últimos anos tem gerado impactos graves, provocando redução da qualidade ambiental e riscos à saúde humana. Concentrações elevadas de contaminantes, principalmente metais, em ambientes lacustres, podem ocasionar inúmeros impactos aos ecossistemas aquáticos, especialmente à biota aquática. Os efeitos agudos e crônicos do elemento ferro nas taxas de sobrevivência e reprodução de organismos zooplânctonicos de ambientes limnéticos ainda são pouco estudados, especialmente em Minas Gerais. Esse trabalho teve como objetivo analisar o efeito da exposição crônica do elemento ferro (Fe2+) nas concentrações de 0,2 mg/Fe/L e 0,02 mg/Fe/L, utilizando como organismo teste o cladócero Ceriodaphnia cornuta (Crustacea, Cladocera). Primeiramente foi realizada uma exposição aguda com as concentrações de 2,0 mg/Fe/L; 0,2 mg/Fe/L e 0,02 mg/Fe/L onde a maior concentração apresentou efeito letal aos organismos, sendo utilizada as concentrações de 0,2 mg/Fe/L e 0,02 mg/Fe/L para as análises de efeito crônico. Foram analisados durante 30 dias o tamanho, a reprodução através do número de indivíduos produzidos por fêmeas e a mortalidade dos organismos. Os testes não indicaram diferença estatística (ANOVA) entre os tratamentos, sendo realizado um segundo experimento. Em ambos os experimentos não foram observados nas concentrações de 0,2 mg/Fe/L e 0,02 mg/Fe/L nenhum efeito negativo significativo no tamanho sobrevivência e reprodução do cladócero Ceriodaphnia cornuta (Crustacea, Cladocera). Devido a pandemia da COVID-19 não foi possível a repetição do experimento com condições de cultivos melhoradas.