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Título: Avaliação histopatológica e parasitológica do fígado de cães naturalmente infectados por Leishmania infantum e tratados com a vacina terapêutica LBMPL.
Autor(es): Sacramento, Narjara Alcântara
Orientador(es): Roatt, Bruno Mendes
Cardoso, Jamille Mirelle de Oliveira
Membros da banca: Melo, Luísa Helena Perin de
Brito, Rory Cristiane Fortes de
Roatt, Bruno Mendes
Palavras-chave: Leishmaniose
Data do documento: 2019
Referência: SACRAMENTO, Narjara Alcântara. Avaliação histopatológica e parasitológica do fígado de cães naturalmente infectados por Leishmania infantum e tratados com a vacina terapêutica LBMPL. 2019 46 f. Monografia (Graduação em Farmácia) - Escola de Farmácia,Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2019.
Resumo: A leishmaniose visceral canina (LVC) é um zoonose altamente prevalente no Brasil e em algumas regiões do mundo. No entanto, o tratamento quimioterápico de cães doentes não leva à cura parasitológica, ficando evidente a necessidade de estudos que busquem melhoria das práticas para tratamento da LVC. Assim, estudos recentes avaliaram uma vacina terapêutica, composta por antígenos de L. braziliensis associado ao adjuvante monofosforil lipídeo A, denominada vacina LBMPL, em cães naturalmente infectados por L. infantum. Tal imunoterapia demonstrou resultados animadores no âmbito hemato-bioquimico, imunológico, clínico e parasitológico (medula óssea, pele e baço). No entanto, as possíveis alterações histopatológicas e parasitológicas no compartimento hepático, importante sítio do parasito não foi avaliado. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar o perfil histopatológico e parasitológico do fígado de cães naturalmente infectados por Leishmania infantum e sintomáticos submetidos ao tratamento com a vacina terapêutica LBMPL. Para tal, foram utilizados quatro grupos de cães: grupo CN (não infectados e não tratados, n=5), grupo INT (infectados e não tratados, n=7), grupo MPL (infectados e tratados com o adjuvante MPL, n=6) e grupo LBMPL (infectados e tratados com a vacina LBMPL, n=10). Após eutanásia, amostras de fígado foram coletadas para avaliação histopatológica semi quantitativa (degeneração hidrópica e inflamação portal) e quantitativa (inflamação) e avaliação parasitológica por imunohistoquímica e PCR em tempo real (qPCR). Nossos resultados demonstraram que os animais do grupo LBMPL apresentaram redução da freqüência de alterações histopatológicas como degeneração hidrópica e inflamação portal. Além disso, foi observado um menor número de células inflamatórias presentes no parênquima hepático nesse grupo. Em relação à carga parasitária por imunohistoquímica, apesar da redução no grupo LBMPL, esta não foi significativa. Por outro lado, foi observada uma redução desse parâmetro no grupo LBMPL quando utilizado a qPCR. Assim, demonstramos uma melhora histopatológica e parasitológica no fígado dos cães tratados com a vacina LBMPL. Dessa forma, evidenciamos em nosso trabalho a importância dessa imunoterapia em cães naturalmente infectados por L. infantum, uma vez que a mesma se mostra efetiva diante dos parâmetros e técnicas analisadas, despontando assim como uma potencial estratégia terapêutica a ser aplicada como proposta de tratamento na LVC.
Resumo em outra língua: Canine visceral leishmaniasis (CVL) is a highly prevalent zoonosis in Brazil and in some regions of the world. However, chemotherapeutic treatment of dogs doesn’t cause parasitological cure, and the need for studies that improve treatment practices for CVL is evident. Thus, recent studies have evaluated a therapeutic vaccine composed of L. brasiliensis antigens associated with the adjuvant monophosphoryl lipid A, called LBMPL, in vaccines naturally infected with L. infantum. This immunotherapy showed encouraging results in the blood-biochemical, immunological, clinical and parasitological field (bone marrow, skin and spleen). However, possible histopathological and parasitological changes in the hepatic compartment, an important site of the parasite, have not been evaluated. The objective of this study was to evaluate the histopathological and parasitological profile of the liver of dogs naturally infected with Leishmania infantum and symptomatic dogs treated with the therapeutic LBMPL vaccine. Four groups of dogs were used: CN group (uninfected and untreated, n = 5), INT group (infected and untreated, n = 7), MPL group (infected and treated with MPL adjuvant, n = 6) and LBMPL group (infected and treated with LBMPL vaccine, n = 10). After euthanasia, liver samples were collected for semi quantitative histopathological (hydropic degeneration and portal inflammation), quantitative (inflammation) and parasitological evaluation by immunohistochemistry and real-time PCR (qPCR). Our results showed that the animals of the LBMPL group presented a reduction in the frequency of histopathological alterations such as hydropic degeneration and portal inflammation. In addition, a lower number of inflammatory cells present in the liver parenchyma was observed in this group. Regarding the parasite load by immunohistochemistry, despite the reduction in the LBMPL group, this was not significant. In nother way, a reduction of this parameter was observed in the LBMPL group when qPCR was used. We demonstrated a histopathological and parasitological improvement in the liver of dogs treated with the LBMPL vaccine. Thus, in our work we highlight the importance of this immunotherapy in dogs naturally infected by L. infantum, since it is effective in view of the parameters and techniques analyzed, thus emerging as a potential therapeutic strategy to be applied as a treatment proposal in LVC.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/2170
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