A divisão sexual do trabalho como processo sociocultural : um olhar sobre a contemporaneidade.

Abstract

Este trabalho tem como objetivo analisar a divisão sexual do trabalho como processo sócio cultural de bases patriarcais, que aprofunda a discriminação de gênero na sociedade. Nesse veio as mulheres são mais afetadas pois são o alvo do capitalismo, quando se trata de baratear seus custos com o capital variável. Para isso os levantamentos de dados bibliográficos atuais promoveram um estudo investigativo acerca do tema; compreender a divisão sexual de trabalho é o compreender uma cultura arreigada na cultura patriarcal; os avanços das mulheres nas lutas pela igualdade de direitos, mesmo mediante os desafios que lhes são postos dentro das relações sociais serão analisados, levando em conta a grande quantidade de mulheres inseridas no mercado de trabalho, podemos dizer que ainda há uma barreira, o patriarcalismo, que perpassa tanto no setor público quanto no setor privado. No uso de dados estatísticos foi possível perceber que embora as mulheres tenham conseguido se estabelecerem no mercado de trabalho ainda são em minorias nos cargos de chefias; também as diferenças salariais como fator determinante para a discriminação de gênero ficou bem explicita. O reflexo da cultura patriarcal aparece em várias estatísticas, como foi possível analisar pelos dados, como por exemplo, conforme o tipo de trabalho é caracterizado socialmente como: tipicamente masculino e tipicamente feminino. Também percebemos que as mulheres ainda dedicam mais horas no trabalho doméstico e aos cuidados com pessoas se comparados aos homens, como forma de discriminar o trabalho domestico como sendo das mulheres; sobretudo foi confirmado através dos dados estatísticos que as mulheres enfrentam a dupla jornada de serviço ainda devido a naturalização do patriarcalismo na sociedade. Essa realidade ainda está longe de se vencer, ainda mais com sanção da reforma trabalhista que reforçou ainda mais as desigualdades já enfrentadas pelas mulheres na sociedade, por fim a reforma da previdência a mais atual reforma discutida, que representara mais retrocessos para as mulheres, sobretudo no quesito do desmonte dos direitos sociais, tão duramente conquistados por elas.