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Título: Avaliação do perfil imunológico de cães naturalmente infectados por Leishmania infantum e submetidos ao tratamento com anticorpo monoclonal bloqueador do receptor de IL-10.
Autor(es): Carmo, Talita Natália
Orientador(es): Reis, Alexandre Barbosa
Cardoso, Jamille Mirelle de Oliveira
Membros da banca: Soares, Rodrigo Dian de Oliveira Aguiar
Fonseca, Kátia da Silva
Reis, Alexandre Barbosa
Cardoso, Jamille Mirelle de Oliveira
Palavras-chave: Leishmaniose visceral
Leishmania
Cão - doenças
Imunoterapia
Data do documento: 2019
Referência: CARMO, Talita Natália. Avaliação do perfil imunológico de cães naturalmente infectados por Leishmania infantum e submetidos ao tratamento com anticorpo monoclonal bloqueador do receptor de IL-10. 2019. 53 f. Monografia (Graduação em Farmácia) - Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2019.
Resumo: A leishmaniose visceral humana (LVH) está entre as principais endemias emergentes no mundo. Nas Américas e Mediterrâneo, este problema de saúde pública apresenta o cão como principal reservatório doméstico do parasito, tornando a leishmaniose visceral canina (LVC) altamente prevalente. Assim, no Brasil, o Ministério da Saúde preconiza o tratamento dos casos humanos, o combate ao vetor, além da eutanásia de cães soropositivos como principais medidas de controle da LVH. Todavia, essas medidas além de muito questionadas, não têm logrado êxito no controle da expansão da doença. Além disso, o tratamento da doença canina não leva a uma “cura parasitológica”, ficando evidente a necessidade de estudos que busquem melhoria das práticas para tratamento da LVC como alternativa ao sacrifício de cães soropositivos. Dessa forma, o objetivo do nosso estudo foi avaliar o perfil imunológico de cães naturalmente infectados por L. infantum após a imunoterapia com anticorpo monoclonal bloqueador do receptor de IL-10 (Bloq IL-10R). Nossa estratégia experimental contou com 11 cães que receberam a imunoterapia com anticorpo monoclonal bloqueador do receptor de IL-10 em duas doses compostas por 2 mg de cada subunidade do anticorpo (contra subunidade alfa e beta) totalizando 4 mg de anticorpo por dose, por via intramuscular. Os cães foram avaliados antes do tratamento (T0) e 30 (T30), 90 (T90) e 180 (T180) dias pós tratamento. Ao avaliarmos o perfil imunofenotípico sanguíneo, observamos que os cães tratados apresentaram um aumento de linfócitos TCD3+CD4+ em T30 e T90, além de uma diminuição das células NK em T90 e T180. Em relação às análises in vitro, observamos um aumento da linfoproliferação de linfócitos T CD4+ e CD8+ em T30 e T90, apesar do tratamento não ter sido capaz de induzir uma capacidade linfoproliferativa antígeno específica até o fim do acompanhamento experimental (T180). De forma interessante, foi observado um aumento de linfócitos TCD4+ produtores tanto de IFN- quanto de IL-4 após estimulação com antígeno solúvel de L. infantum (ASLi) em T90. Nossos resultados demonstraram que a imunoterapia empregada foi capaz de manter os resultados frente à infecção por L. infantum até 90 dias após a imunoterapia (T90). Assim, sugerimos que uma nova intervenção terapêutica ou manutenção da terapia proposta por um tempo mais prolongado pode ser necessário para a ampliar a eficácia da ação terapêutica.
Resumo em outra língua: Human visceral leishmaniasis (LVH) and canine visceral leishmaniasis (LVC) are among the leading emerging endemics in the world. In the Americas and the Mediterranean, this public health problem presents the dog as the main domestic reservoir of the parasite. Thus, in Brazil, the Ministry of Health advocates the treatment of human cases, combating the vector, as well as the euthanasia of seropositive dogs as the main measures to control the disease. However, these measures, besides being much questioned, have not been successful in controlling the spread of the disease. In addition, the treatment of canine disease does not lead to a parasitological cure, evidencing the need for studies that seek to improve the practices for the treatment of LVC as an alternative to the sacrifice of seropositive dogs. Thus, the objective of our study was to evaluate the immunological profile of dogs naturally infected by L. infantum after immunotherapy with IL-10 receptor blocking monoclonal antibody (IL-10R Block). Our experimental strategy consisted of 11 dogs that received IL-10 receptor blocker monoclonal antibody immunotherapy at two doses composed of 2 mg of each subunit of the antibody (against alpha and beta subunit) a total of 4 mg of antibody per dose intramuscularly. Dogs were evaluated before treatment (T0) and 30 (T30), 90 (T90) and 180 (T180) days post treatment. When we evaluated the blood immunophenotypic profile, we observed that the treated dogs showed an increase of TCD3+ CD4+ lymphocytes in T30 and T90, in addition to a decrease in NK cells. Regarding the in vitro analyzes, we observed an increase in lymphoproliferation of CD4+ and CD8+ T lymphocytes at T30 and T90, although the treatment was not able to induce a specific antigen lymphoproliferative capacity until the end of the experimental follow-up (T180). Interestingly, an increase in CD4+ T lymphocytes producing both IFN-γ and IL-4 after stimulation with soluble antigen of L. infantum (ASLi) in T90 was observed. Our results demonstrated that the immunotherapy used was able to maintain the results against infection by L. infantum until 90 days after immunotherapy (T90). In addition, we suggest that a new therapeutic intervention or maintenance of the proposed therapy for a longer time may be necessary to increase the efficacy of the therapeutic action.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/1869
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