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Título: Petrografia e geotermobarometria dos xistos pelíticos e anfibolitos associados da região de Pinheiros Altos-Piranga, Minas Gerais.
Autor(es): Rezende, Larissa Oliveira
Orientador(es): Queiroga, Gláucia Nascimento
Queiroz, Yanne da Silva
Membros da banca: Queiroga, Gláucia Nascimento
Barbuena, Danilo
Fernandes, Victor Tavares
Palavras-chave: Petrologia
Química mineral
Data do documento: 2018
Referência: REZENDE, Larissa Oliveira. Petrografia e geotermobarometria dos xistos pelíticos e anfibolitos associados da região de Pinheiros Altos-Piranga, Minas Gerais. 2018. 92 f. Monografia (Graduação em Engenharia Geológica) - Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2018.
Resumo: Este trabalho propõe a caracterização petrográfica e geotermobarométrica de xistos pelíticos e anfibolitos associados da região de Pinheiros Altos-Piranga. As duas amostras de xistos pelíticos estudadas (ME-04 e ME-07) são compostas essencialmente por quartzo, plagioclásio, biotita, granada, estaurolita (esqueletiforme) e mica branca (ME-07 ainda apresenta Mg-clorita). A amostra de granada anfibolito analisada (ME-9b) apresenta dois tipos de clinoanfibólio: hornblenda e cummingtonita. As rochas apresentam uma foliação Sn definida pela orientação preferencial dos filossilicatos/anfibólios e cristais de granada sin-cinemáticos à mesma. Suas paragêneses minerais caracterizam metamorfismo de fácies anfibolito. Os principais minerais de cada amostra foram caracterizados por microssonda eletrônica. Os cristais de granada são ricos na molécula almandina (77,9 - 62,6%), seguida de espessartita (21,0 - 0,4%), piropo (19,8 - 6,3%) e grossulária (11,7 - 6,1%). Alguns cristais zonados mostram um enriquecimento de ferro e magnésio e um decréscimo de manganês do núcleo para a borda, indicando metamorfismo progressivo. A composição do plagioclásio varia entre An16,4 e An35,3 (oligoclásio a andesina). Biotita e estaurolita, presentes somente nos xistos, apresentam composição homogênea. A química mineral dos anfibólios da amostra ME-9b permitiu classificá-los como hornblenda tschermakítica e cummingtonita. As análises geotermobarométricas dos xistos foram realizadas com base na termometria convencional, utilizando o par biotita-granada e o barômetro GASP, no software Thermocalc e na confecção de pseudosseções. Para a amostra ME-04, as temperaturas foram tidas como 629°C (para o núcleo) e 650°C (para a borda) pelo Thermocalc e se encontram entre 400°C a 591°C pelos demais geotermômetros; as pressões, como 7,6 e 7,8 kbar, enquanto os valores variam entre 5,26 e 7,42 kbar pelo GASP. Para a amostra ME-07, as temperaturas estão entre 360°C (núcleo) e 657°C (borda) para os diferentes métodos utilizados, enquanto o Thermocalc forneceu valores de 610°C e 634°C; as pressões obtidas foram de 7,5 kbar e 7,2 kbar (o GASP forneceu valores entre 5,25 e 6,84 kbar). A paragênese mineral granada-anfibólio-plagioclásio foi utilizada para determinar temperaturas e pressões de 613°C/4,96 kbar (núcleo) e 635°C/5,20 kbar (borda) para o granada anfibolito. Por último, a partir das pseudosseções confeccionadas para os xistos pelíticos, pode-se concluir que o pico metamórfico dessas rochas encontra-se em um intervalo de temperatura/pressão que varia de 610ºC a 650ºC e de 6,3 a 7,5 kbar. Os valores de temperatura e pressão obtidos pelo Thermocalc (considerando sua faixa de erro) e pela pseudosseção encontram-se dentro da faixa de estabilidade esperada para a paragênese mineral em questão, por fim caracterizada como de fácies anfibolito médio a superior.
Resumo em outra língua: This work proposes the petrographic and geothermobarometric characterization of pelitic schists and associated amphibolites from the Pinheiros Altos-Piranga region. The two studied samples of pelitic schists (ME-04 and ME-07) are composed essentially by quartz, plagioclase, biotite, garnet, skeletal staurolite and white mica (ME-07 also contains Mg-chlorite). The analyzed sample of garnet amphibolite (ME-9b) presents two types of clinoamphibole: hornblende and cummingtonite. These rocks have a Sn foliation defined by the preferential orientation of phyllosilicates/amphiboles and they also have sin kinematic garnet crystals. Their mineral paragenesis characterizes amphibolite facies metamorphism. The main minerals of each sample were characterized by electron microprobe. The garnet crystals are rich in the almandine molecule (77.9 - 62.6%), followed by spessartine (21.0 - 0.4%), pyrope (19.8 - 6.3%) and grossular (11.7 - 6.1%). Some zoned crystals show iron/magnesium enrichment and manganese decrease from the core to the edge, indicating progressive metamorphism. The plagioclase composition ranges from An16.4 to An35.3 (oligoclase to andesine). Biotite and staurolite, observed only in the schists, have homogeneous composition. The mineral chemistry of the ME-9b amphiboles allowed classifying them as tschermakite hornblende and cummingtonite. The schists’ geotermobarometric analyzes were performed using conventional thermometry, by the biotitegarnet pair and the GASP barometer, the Thermocalc software and the pseudosection’s making. For the ME-04 sample, temperatures were taken as 629°C (for the core) and 650°C (for the edge) by Thermocalc and are between 400 to 591°C by the other geothermometers; the pressures, as 7.6 and 7.8 kbar, while the values vary between 5.26 and 7.42 kbar by the GASP. For the ME-07 sample, the temperatures are between 360°C (core) and 657°C (border) for the different methods used, while Thermocalc provided values of 610°C and 634°C; the pressures obtained were 7.5 kbar and 7.2 kbar (GASP provided values between 5.25 and 6.84 kbar). The granate-amphibole-plagioclase mineral paragenesis was used to determine temperatures and pressures of 613°C/4.96 kbar (core) and 635°C/5.20 kbar (rim) for the amphibolite. Finally, from the pelitic schists’ pseudosections, it can be concluded that the peak metamorphism of these rocks is in a temperature/pressure range that varies from 610 to 650ºC and from 6.3 to 7.5 kbar. The temperature and pressure values obtained by Thermocalc (considering its range) and by the pseudosections are within the range of stability expected for this mineral paragenesis, characterized as medium to higher amphibolite facies.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/1496
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