Esgoto doméstico na bacia do Alto Rio Doce.

Abstract

A crescente urbanização promovida pelo aumento populacional, tem gerado maior pressão sobre os recursos hídricos. A não implantação de serviços de esgotamento sanitário tem gerado a degradação dos cursos d’água ao redor de todo mundo. Esta pesquisa apresenta dados referentes ao esgotamento sanitário, no mundo, no Brasil e na Bacia do Alto Rio Doce. Foram utilizados dados governamentais e de pesquisas acadêmicas para traçar o panorama das regiões citadas. O panorama mundial utilizou dados do Programa de Monitoramento Conjunto realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundos das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Para o ano de 2015 estimou-se que 5 bilhões de pessoas utilizam instalações sanitárias apropriadas e não compartilhadas com outras famílias, o que classificaria pelo menos como básico os serviços utilizados. 2,8 bilhões de utilizam sistemas ligados à rede de esgoto e que a predominância deste tipo de serviço está ligada aos centros urbanos. No Brasil, segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento (SNIS) apenas 45% dos municípios são atendidos com serviços de esgotamento sanitário, cobrindo 50,39% da população. As regiões Norte e Nordeste possuem o menor nível de cobertura populacional por esse serviço, 9,09% e 25,57% respectivamente. No Brasil 74,09% do esgoto coletado é tratado e a região Sul apresenta o melhor índice para este indicador, 93,61%. Na Bacia do Alto Rio Doce, foram analisadas as sub bacias do Rio Piranga e Rio Piracicaba. Segundo os dados do SNIS 56,37% da população da bacia do Rio Piracicaba é atendida por serviços de esgotamento sanitário e apenas 6,45% do esgoto coletado é tratado. Na bacia do Rio Piranga o panorama é um pouco melhor, 86,97% da população é atendida e 36,06% do esgoto coletado é tratado. Os dados fornecidos pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) e de pesquisadores que aturam na região, deixam claro que ambas as bacias estão em grave estado de degradação devido ao lançamento de esgoto doméstico não tratado. É preciso, não só para as bacias estudas, mas como também para o Brasil e Mundo um maior empenho na gestão dos recursos hídricos e a implementação de Estações de Tratamento de Esgotos (ETE’s).