Estudo petrográfico das rochas mineralizadas do depósito de ouro de Pilar de Goiás - GO.

Abstract

O depósito de ouro de Pilar de Goiás-GO ocorre no greenstone belt homônimo, inserido no bloco arqueano Crixás-Goiás. Estende-se por cerca de 6 km com direção NE-SW e 2 km down dip, em uma associação de rochas metassedimentares da Formação Serra do Moinho. A mineralização é dividida níveis HG (high grade) 1, 2, e 3, sendo o HG 1 o nível principal, onde o minério acompanha veios de quartzo sulfetados subparalelos à foliação. A caracterização petrográfica e geoquímica das rochas mineralizadas consistiu na análise de amostras coletadas nas galerias da mina de Pilar. As rochas foram classificadas em cinco grupos: moscovita xisto, biotita-quartzo xisto, veio de quartzo com carbonato, clorita-moscovita-biotita-quartzo granofels e actinolita granofels. A composição da ganga é de quantidades variáveis de quartzo, moscovita, carbonato, biotita, granada, clorita, além de actinolita, turmalina, plagioclásio, cianita, estaurolita e apatita. Os processos de alteração hidrotermal envolvem silicificação, sericitização, carbonatação, turmalinização, cloritização, saussuritização, sulfetação e formação de rutilo. O ouro constitui-se de grãos muito finos, e encontra-se de forma livre ou associado a pirrotita e calcopirita. A transição entre os corpos mineralizados HG 1 e HG 2 é marcada pela redução nas concentrações de Au, As, e aumento relativo nas concentrações de Na, Mg, Al, S, Ca, Fe e ETR.